quarta-feira, 29 de abril de 2009

Horizonte limitado




Ilustração com meus amores - Lia, Dora e Dani, em nossa praia: procurando informação e esperança em horizonte sombrio.
Foto: Felipe B 04/2009


Leitores do Blue Bus ficaram indgnados com o tom da imprensa brasileira, taxando-a de sensacionalista. Mas foram burros o bastante para comparar a ameaça de febre amarela, em 2007 e 2008, com a pandemia de swine flu (parece nome de banda indie ou de torcida jovem de time de futebol carioca).

A galera só consegue pensar até chegar a Búzios, e ignora que o norte do Brasil - já são 84 mil desabrigados apenas no Maranhão, a maioria crianças e jovens - está enfrentando a maior enchente dos últimos 50 anos (previamente anunciada pelo INPE e solenemente ignorada pela dupla Lula/Dilma, em turnê caça-votos pelo país).

Alguma dúvida que a porta de entrada do caos será por lá?

Conversar com nossos filhos e prepará-los para o choque de desinformação também é uma boa maneira de nos exercitarmos para enfrentar o ar blase dos fiscais da mídia diante do infortúnio.

Quando professores de primeiro grau possuem apenas as mal traçadas linhas dos jornais para se tornarem multiplicadores de informação, a coisa fica ainda mais perigosa.

MInha filha de 8 anos estuda em escola municipal, aqui no Rio de Janeiro. Imaginem como comunicar a boa parte da turma, aqueles que moram diante de um valão sem saneamento básico, com esgoto a céu aberto, que eles deverão mudar hábitos simples e corriqueiros de forma IMEDIATA.

Na zona oeste do Rio, porcos são animais criados em pequenos quintais, juntamente com outro bichinhos, sejam de estimação ou de consumo, como galinhas.

Será que as pessoas que juraram informar e fazer pensar não conseguem perceber que a menos de 10 km de suas casas existe a combinação PORCO+GALINHA+FALTA DE HIGIENE+CUMPRIMENTOS CALOROSOS+NÃO TO NEM AI generalizado?

A mulher que trabalha aqui em casa cozinhando e cuidando de minhas filhas mora no térreo do meu predio (é mulher do zelador) e desfruta do mesmo nível de saneamento que os demais moradores.

Eu estou tranquilo. Mas muitas das empregadas domésticas que frequentam outras senzalas da classe média moram em locais insalubres.

Se adicionarmos o quesito diversão, que, constantemente, adiciona a frequência a lugares LOTADOS e nada arejados, como um bom baile funk, no qual até 1500 jovens, trepam, dançam, fumam, transpiram a rodo, com proteção zero, já dá pra imaginar que as supostas 90 milhões de doses de Tamiflu que o Ministério da Saúde jura ter em estoque (é mentira!!!!!) não serão suficientes para atender a popiulação brasileira, mais notadamente, a ribeirinha, no norte do Brasil.

Vamos começar a ver a quantidade de ghosts aumentar nos perfis do Orkut...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gripe suína? Blame Canada!!

Durante boa parte dos anos 90 eu cuidei da programação do canal a cabo Multishow. Nossa equipe curtia muito sacanear os canadenses, motivados pelo mote de Eric Cartman, o personagem gordinho filho de uma puta (literalmente -a mãe dele era super vadia).

O tempo passou e o desenho animado perdeu sua força iconoclasta. Mas não é que o pequeno Cartman tinha razão?

Em meio a histeria relativa a gripe suína (acreditem, se a imprensa falasse realmente do que se trata, a maioria das pessoas enlouqueceria), poucos procuraram fazer o link com as últimas manifestações do H1N1 vírus causador da influenza. Pesquisar? Para que, se o O GLOBO e a FOLHA publicam infográficos com tudo que eu preciso saber? Não, melhor, só acredito na doença depois que sair na VEJA.

Bem, hoje, 26/4/2009, a deserta Cidade do México foi sacudida por um terremoto forte. Tudo parado. Forças de defesa civil mobilizadas para conter a gripe. Heheheh. Ah, coincidência...Claro...O HAARP é bobagem.

Em 13/4/2009 surgiram as primeiras mortes suspeitas na capital mexicana.

Em 17/4/2009, o departamento de estado e os orgãos de informação dos EUA deixaram Obama visitar a capital mexicana e ser ciceroneado pelo arqueólogo mais importante do México, Felipe Solis. Felipe Solis morreu de pneumonia (um dos sintomas da gripe suina) em...23/04/2009.

Segundo o governo mexicano, Solis já estava com pneumonia antes do surto de gripe suína. É claro que a política de segurança dos EUA permite que o presidente passe horas recebendo perdigotos e abraços de um cientista mexicano com doença respiratória, mesmo sabendo que a doença já matava no México desde o dia 13/4/2009.

Sequer traçaram um mapa relacionando com quem Solis conversou ou onde esteve em meados de março e abril de 2009. Natural.

Foram mais sutis ao matar Kennedy.

Ah, vocês não prestaram atenção nem ligaram os fatos ao ler os jornais? Que pena...Dilma, né?

Também ficou com pena dela e vai mudar seu voto? O mundo que se foda...

Tivemos a gripe das aves, na Ásia, Africa e Europa. A América enfrentou versões mais simples e menos letais da virose nos últimos cinco anos.

No Brasil, dengue, febre amarela e malária dominaram os noticiários. Em época de eleição, nos convenceram com carros fumaçê, desempregados não qualificados, travestidos em agentes de saúde, espalhando pozinho venenoso em nossos pneus velhos e vasos de planta. Alé, é claro, de propagandas caríssimas de TV. Tudo para provar que as administrações federal, estadual e municipal lutaram bravamente na prevenção contra essas enfermidades.

Bullshit!

O que importa mesmo é o cancer no suvaco da Dilma...Que peninha, não é? Mulher tão inocente sofrendo assim....

Pacifistas como somos, ignoramos em nossa grande maioria, os produtos destinados a guerra desenvolvidos em laboratórios civis e militares.

Guerra biológica é um tabu. Coisa de ficção científica. Manipulação geológica e meteorológica, como armas de destruição em massa, absurdos. É melhor acreditar no Tarô, Dr. Fritz e deus. Esses, sim, são repletos de credibilidade.

Mas você que tem parentes próximos nas forças armadas, pergunte com carinho sobre o assunto e prepare-se para ficar enojado com o que é possível fazer para matar seres humanos.

Nada disso é novo. Em 1918 a Alemanha conseguiu fazer o mundo provar o gostinho de produzir uma cepa de vírus capaz de matar 50 milhões de pessoas. Como não existia o fenômeno midiático de hoje, a coisa é difícil de ser contada por nossos parentes mais velhos. O único holocausto que nos é permitido lembrar é o de judeus nos anos 40, esse sim fundamental para a consolidação do sionismo.

Mas onde entram os canadenses nessa história? Em Janeiro de 2007, alguns dos melhores biogeneticistas canadenses decidiram estudar a composição do vírus da influenza responsável pela pandemia de 1918. Como não existiam tecidos humanos preservados da época, a única alternativa foi exumar um cadáver preservado em permafrost (um tipo de solo comum no norte do Canadá, com características que retardam o apodrecimento de tecidos animais), de uma vítima da gripe na época.

Se alguem ai lembra das aulas de biologia da escola, os vírus são a forma mais simples de vida e a mais facilmente manipulável para mutações geneticas. Uma vez inoculado em um hospedeiro, recombina seu DNA com o de outras cepas de forma quase imediata. Lindo mecanismo de sobrevivência.). Os canadenses reativaram um vírus de influenza e inocularam em macacos, assim poderiam saber que sintomas e reações o vírus provocava em mamiferos.

O resultado foi que em 24 horas os macacos tiveram o tecido da faringe e laringe destruídos (garganta, gente, garganta). A morte vinha em 48 horas, com a reação do sistema imunológico. Produzir enzimas e hormônios capazes de destruir os orgãos afetados. A pessoa morre afogada em seu prórpio sangue. Felizes da vida, os gênios canadenses divulgaram seus estudos, mas esqueceram de destruir a cepa.

Para encurtar uma história longa, enquanto o mundo era engabelado pela CNN, FOX, TV Globo e outras fontes de (des)informação com o esforço do governo Bush em encontrar armas de destruição em massa no no Oriente Médio, a turma do terror conseguiu a cepa e produziu um belo cenário de contaminação: liberar o virús na primavera de uma das cidades mais populosas do mundo, centro turístico mundial, aeroporto que é hub internacional, com cultura calorosa e propícia ao toque e aos beijinhos na face. E, principalemnte, vital para economia americana, com a fronteira aberta para os escravos mexicanos limparem as latrinas dos WASPS.

Resultado da cagada canadense: a Organização Mundial de Saúde estima que a gripe suína vá provocar 210 milhões de mortes.

Nossos filhos pequenos e nossas mães e avós que nos sustentam e tomam conta dos nossos pequenos de classe média não são as principais vítimas. O foco é matar homens entre 20 e 40 anos. Sim, aqueles que vão as frentes de batalha, que estão a frente das decisões e ações na maioria das grandes economias mundiais.

Nossos amigos da guerra conseguirm isso usando inteligência e baixa tecnologia: inocularam porcos com as versões humanas do H1N1, mais a aviária (reconhecidamente letal e capaz de infectar outros animais) e a dos porcos, com cepas asiáticas e europeias. O próprio porco serve de laboratório, recombinando o DNA dessas cepas com extrema facilidade. Outra característica interessante é o fato da versão suina da gripe ser transmissível pelo toque e contato com animais infectados, além de se propagar com eficácia por via aérea. Se alguém contaminado tocar em maçanetas, copos, alças de transportes públicos, corrimão ou espirrar no elevador, contaminação provável, em taxas acima de 90% de eficácia.

Arma perfeita.

Cidade de México: 20 milhões de habitantes, saneamento básico ridículo, metro e ônibus lotados, estádios lotados, missas lotadas, comida de rua, "perros" abandonados, suínos em criação doméstica e turístas descuidados procurando situações e experiências de vida exóticas.

Combine com a mais poderosa corrente do narcotráfico mundial implementando uma guerra que ja dura 7 meses na fronteira com as EUA e começando a ser combatida pela política flaciosa de Obama, o novo escravo do capital. Resultado: morte, em grande escala.

Relaxe. Não pode fazer nada além de evitar clubes de swing e outras muvucas (final do Estadual no Maraca nem pensar...), lavar bem as mãos, usar máscaras e luvas cirúrgicas no dia a dia. Uma espécie de Michael Jackson Cover, sem pedofilia.

Remédio?

Vacina nem pensar, e o único antiviral capaz de ameaçar o vírus é o Tamiflu, patenteado pela Roche e pouco disponível no planeta, abaixo da linha do Equador. Ainda assim, os efeitos colaterais podem levar a morte. A vrsão pediatrica tem uma taxa de sinistro menor, mas é igualmente perigosa. E cara.

Aqueles que engendraram esse ataque ainda foram espertos para entender que culturas com a brasileira e americana terão demora a entender que homens adultos deverão ser tratados ANTES de mulheres e crianças. Que utensílios domésticos contaminados, assim como roupas, deverão ser destruídos com calor acima de 71 graus.

Morrer, ok? Mas queimar minha calça da Diesel que custou 1500 reais nem pensar. Isso é coisa de pobre, vão dizer.

A melhor coisa a ser feita é consultar o manual de Ética e Ação em Caso de Pandemia, produzido em Maio de 2006 pela Organização Mundial de Saúde.

Se querem sobreviver, deixem deus de lado e usem a cabeça.

Ou esperem pelo jogral do Jornal Nacional dizendo que esta tudo sob controle. É só uma marolinha...

Em tempo: Senado, Câmara e Planalto possuem estoques emergênciais de Tamiflu. Seu posto de saúde tem?


Para saber mais (ou aquilo que os moleques da imprensa brasileira tem preguiça de procurar para informar você):

Terremotos e tempestades tropicais induzidas por eletromagnetismo e ondas gravitacionais

guerra geo-meteorológica

Oooops, chefe, errei a fórmula da vacina

O perigo do Tamiflu

Cientistas canadenses brilhantes fazendo merda em Janeiro de 2007

Mulheres e crianças....depois de mim, amigos!!! Relatório da Organização Mundial de Saúde sobre ação e ética em pandemias

Obama ganhou um presente de grego dos órgãos de segurança e espionagem dos EUA, duramente atacados pelas torturas durante o governo Bush

sábado, 11 de abril de 2009

Banho de Lua


Banho de Lua - Lia e Dora - Recreio, RJ 10/04/2009.
foto: Felipe B

Ontem, sob a luz da lua, acompanhamos, eu e Dani, as meninas em suas bikes, até a praia. Eu fui de skate, para aproveitar o asfalto liso da ciclovia. Nos esbaldamos na areia mesmo, curtindo a lua laranja subindo ao horizonte.

Os holofotes do calçadão testemunharam duas meninas sorrindo, felizes, transbordando em alegria.

Mergulharam com timidez, nas águas escuras e encapeladas. Rolaram em guerras de areia e esculturas frágeis ( - olha, pai, um peixe, fiz sem o molde!). Os cabelos, em cachos úmidos, guardando maresia e sonhos.

Hoje, quando fomos passear debike novamente, o trecho de areia em que estivemos fora coberto pela espuma de ondas belas e poderosas, de até 12 pés.

O retorno para casa foi alegre, energizado. E a noite de sono, embalada pelo sal ainda presente na pele morena de nossas doces meninas.

Ideias selvagens: entre jacarés, piranhas, crimes e comentários carolas.



(Rio, Recreio dos Bandeirantes) - Jacaré no Canal das Tachas, última parada antes da praia deliciosa que minha família curte unida. foto: Felipe B, Abril 2009


Vida entrando no eixos aqui no Rio, e entre mergulhos no mar, esquivando-me das matanças nas ruas da zona sul carioca e dos simpáticos e enormes jacarés nas ruas do meu bairro, agora tenho tempo para voltar aos posts e fazer algumas considerações.

Como devem ter percebido os leitores mais atentos, não faço réplicas aos comentários, tampouco apago as agressões e textos inconvenientes.

O motivo é que acredito ser aquele um espaço dos leitores, ávidos por refletirem sobre o que foi publicado.

Deixar os comentários livres para a leitura de todos também permite que tenhamos contato com a lucidez e livre pensamento de quem usa os meios digitais.

Ao mesmo tempo, constatamos que a livre circulação de idéias não impede que antigos dogmas e crenças sejam o esteio sócio-moral de um número imenso de pessoas, unidas e movidas pelo medo de mudar, de pensar diferente.

Os comentários mais agressivos foram propagados por dogmas e crenças religiosas, que, no Brasil, ganharam força de lei.

Nosso Estado (que deveria ser laico) foi erguido com base na conivência criminosa entre a mão de ferro e impiedosa da igreja católica e o poder político.

Lendo alguns comentários no post sobre o arcebispo de merda que queria destruir a vida e o futuro de uma garotinha de nove anos, vemos em 2009 gerações criadas sob o medo de deus (em caixa baixa, sempre, como notou uma leitora), culminando com o irracional culto à virgindade mariana.

Ela seria uma mulher deplorável ou Jesus (não, não é o da Madonna...é o outro, que parece o Romário, segundo estudos recentes) não seria um homem de valor se ela tivesse gozado muito e sacanamente - com José ou outras Marias - (ter mais de uma esposa era tradicional naquela região) durante a série de relações carnais, sob o céu estrelado (e sob os olhos de deus, vouyer, onipresente), animdas por música pagã e ânforas do excelente vinho local, levando a gloriosa esporrada que gerou o`Cara?

E pior do que o medo e o descarte da biologia da reprodução como algo divino, a cegueira em relação ao livre arbítrio, que gera comportamentos absurdos, tirando de nós a resposabilidade pelos nossos atos.

Gente obtusa, que vive acreditando que "só cristo salva" (maça+S também...), como um ingênuo leitor que, em seus doces comentários, acredita mesmo que balbuciar singelas orações em português diante de uma ameaça de morte violenta poderiam salvá-lo no último momento. Ou ajudar muito naquela prova de matemática para a qual não estudou.

Não temo deus. Tenho pena de gente que faz de algumas religiões, em particular as baseadas no cristianismo, uma bengala doutrinária, que prejudica milhões, que matou outros tantos milhões em nome de seu deus, que ignora a existência humana e geração de conhecimento antes do nascimento de Jesus.

Gente incapaz de entender a cultura judaica, o islã, as manifestaçõe espirituais africanas, polinésias e hindus. Gente que aceita santos cheios de nomes, roupas coloridas, realizações duvidosas, mas rejeita a beleza do animismo e das tradições espirituais matriarcais das culturas ditas pagãs, centralizadas em mulheres da antiguidade que não renegavam seus corpos, seu direto de gerar e manter a vida, de gozar e de comandar povos. Coisas que muitos incautos atribuem ao feminismo e a modernidade pós-industrial.

A igreja católica ajudou, sistematicamente, a apagar parte importante da história social, cultural e da intimidade da humanidade. Apoiou abertamente as principais iniciativas históricas de genocídio. Sim, matou gente em nome de deus.

Criou o papel da "mulher de segunda" na sociedade ocidental moderna.

É possível conceber uma existência na qual a voz da mulher seja de importância secundária? Vou deixar minhas filhas acreditarem em tal sandice? Quando minhas meninas perguntarem o motivo de não existirem mulheres ministrando missas e comandando o sacerdócio católico direi que o motivo é a violência do masculino sobre o feminino do cristianismo praticdo pela igreja (longe daquele que surgiu pelas palavras d`OCara).

Essa gente (?) agora quer atacar também a opção sexual das pessoas.

Justificaram a agressão aos negros e outros povos ao longo da história. Não tinhamos alma. Precisávamos de salvação divina.

Imagina, cultuavamos o sol? Bárbaros que eramos, navegavamos pelo mundo, sabendo ser a terra esférica. Mas não tinhamos alma e podíamos ser escravizados, em nome de deus.

Calaram-se diante da morte em massa de mulheres, crianças e homens judeus, 65 anos atrás. Históricamente, ontem. Hoje.

Calam-se hoje, 2009, aos massacres no Congo e Sudão. Choram pelas igrejas velhas que um fenômeno natural destruiu na Itália essa semana.

Agora, investem pesado naqueles que escolheram amar seus iguais. E aqueles que não conseguem pensar, repetem o preconceito aprendido na igreja, justificando-o como castigo de deus.

E pensar, que na época de meus antepassados, apenas não tinhamos direito a ter alma...

Tudo para não perder o poder, o enclave do Vaticano, a riqueza. A palavra do homem. A aniquilação do feminino.

Assim, eu, abertamente, critico o catolicismo, formalizado de forma cruel pela igreja católica no Brasil.

Os coloco no patamar mais podre de nossa composição social, pois colabora de forma inexorável para um país como o nosso continuar gerando favelas, pobreza, fome, população de rua, burrice, analfabetismo e toda sorte de mazelas que tornam a maior parte da população incapaz de gerar cultura, de pensar por conta própria, de refletir sobre o que lê (quando lê) e sobre o que lhe foi ensinado ao longo da vida. Não. Não podem pensar, imaginar, construir teses e idéias. Antes de tudo, precisam respeitar deus. Fala sério, não é?

Deixa esse povo ficar curtindo supostas noticias de 20 segundos sobre acontecimentos do mundo, do cotidiano, recitadas em forma de jogral por um carismático casal de apresentadores. Boa noite.

A força das palavras dos homens de batina é tanta, que até ícones da cultura popular de massas (que poderia ser rebelde, iconoclasta, iluminadora) como MVBill e o grupo paulistano Racionais, ambos capazes de criar uma revolução sem precedentes em suas comunidades, colocam tudo a perder quando citam deus e jesus em suas músicas, colocando-os acima de tudo (como ensinado pelo medo de seus pais) e mantendo os seus presos ao universo da favela, da pobreza, do gueto.

Como pode um homem negro, hoje, aceitar ser batizado na igreja católica? Lavagem cerebral. O mesmo deus que apoiou e financiou o comércio de escravos, tortura, matança, estupros de nativos negros da Africa.

Que nossos jovens da periferia não esqueçam que aquele deus humilha e manda matar em nome dele. E que esse viés jamais é ensinado nas aulas de catecismo, nas paróquias e pastorais espalhadas pelo mundo.

É dessa forma que encaro aqueles hipócritas que proferem ameaças nos comentários de um blog.

São burros demais para merecerem respostas.

De volta a programação normal.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Farra na varanda


ao que leva a criatividade infantil.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

De volta. De novo. No Rio.


Agora no Rio.

Viemos morar no Recreio dos Bandeirantes. Tirando a praia, os jacarés enormes do Canal das Tachas (no caminho para a praia, no domingo, encontramos 3 juntos, ao sol), os caramujos africanos, e o pastel de feira ruim, é quase igual a São Paulo. Talvez seja o único lugar do Rio com padarias decentes, onde é possível encontrar um bom espresso e pães variados (até aquele pão do Outback tem, diariamente).

Vida nova, enfim.

E eu estou de novo com vocês. Fiquem sintonizados!