sábado, 26 de fevereiro de 2011

Violência sobre rodas

só tinha visto imagens abjetas como essa
durante a recente revolução no Egito, quando carros e caminhões atropelaram revolucionários de forma cruel e desumana. Motivações diferentes, modus operandi exatamente igual. O desprezo pela coletividade impera e mostra sua cara -de forma global-, em 2011. Vamos mudar isso. Impedir que se torne uma imagem comum no cotidiano de nossa molecada, cada vez mais bombardeada com imagens assim, em um momento onde temos cada vez menos controle sobre o grande volume de conteúdo que os atingem diariamente, principalmente quando estão longe de nossa presença, nosso filtro.


Toda vida ao movimento Massa Crítica.

UPDATE: Ricardo José Neif. Favor colocar no dicionário como sinônimo para "assassino serial". Se esse homem sair impune, com acreditaremos em justiça nessa país? Como deixaremos a molecada sair tranquila de bike, sabendo que gente assim fica impune?

QUEREMOS UM MUNDO MAIS BACANA PARA NOSSA MOLECADA MAS TEM GENTE QUE ODEIA A IDEIA.

Tenho falado sobre intolerância. Gostaria de falar apenas sobre como criar um mundo mais bacana para minhas meninas crescerem. Mais solidário, menos poluído. Mais consciente que devemos, todos, ter um papel ativo na busca por qualidade de vida.

Mas tem gente que não parece acreditar nisso, em a despeito de saber que pode ser identificado, coloca o ódio e a vontade de matar na frente de toda e qualquer civilidade.
foto: Fernando Gomes

Este imbecil de Porto Alegre jogou o carro deliberadamente contra cliclistas membros do Massa Crítica, braço local do movimento que defende o uso da bicicleta como transporte individual e uma solução viária para cidades enlouquecidas.

Ele fez isso diante dos oficiais que ajudam na organização e deslocamento dos ciclistas.

Buzinou antes. Tentou forçar passagem. E atropelou, ferindo mais de 10 ciclistas do grupo.

Que as autoridades gaúchas tomem providências.

O covarde abandonou o carro, mas foi identificado. Cadeia.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ESPELHOS QUEBRADOS

Para quem acha que a luta é fácil, veja o que mais ainda tenho que enfrentar. Uma jovem mulher negra, Lívia Zaruty, que depois de passar dois dias fazendo comentários insultosos e distorcendo fatos, resolveu postar em seu blog (não me darei ao trabalho de fazer uma análise crítica do conteúdo) os mesmos insultos publicados antes na forma de comments.

Não satisfeita em alterar lugar, características físicas de minhas filhas, exibir uma visão tão preconceituosa da existência de uma pessoa, ainda incorreu em injúria, calúnia e difamação.

Como se vê, uma mulher negra e jovem também pode incutir nos mesmo erros que a atendente do estabelecimento no qual aconteceu a ocorrência.

Nesse caso, ainda pior. A moça em questão construiu um fato e desenvolve sua tese distorcida arraigada a essa visão.

Reproduzo aqui um trecho do "discurso", textualmente, conforme publicado:

"Gente,vi as fotos da filinha dele no dia e afirmo era previsivel confundirem..
Ensine a REALIDADE e busque clareza de seus direitos..
A maioria da poluçao negra,mora no LEME?
Qual o perfi da Maioria da crianças de rua da Zona sul?
Vou ensinar a minha filha,primeiro a ter conciencia que estamos em um pais onde o NEGRO e visto NEGATIVAMENTE por culpa do proprio negro...
Por isso devemos ao maximo evitar qualquer aproximaçao de Semelhança de comparaçao de uma minoria ociosa desse pais...
Prenda o cabelo da MENOR,vista de um modo adequado,ainda infelizmente como negros nao podemos nos dar o luxo de andar nas ruas da Zona Sul como se estivéssemos no quintal de casa!
Criar um blog com a imagem da filha,para um finalidade sem um obejtivo?sinceramente nao entendo?"

Ou seja, liberdade de expressão a parte, incutir em desinformação e visão distorcida, quando temos fotos e testemunhas pr provar o ocorrido torna tudo ainda mais triste. Tenho que ter forças para mais essa. A visão que a moça tece de minha filha me parece um daqueles casos de espelhos quebrados. Qual seria o motivo de tanto ódio colocado de forma torpe? Um mistério.

A Sra Lívia Zaruty desfila seu preconceito de forma pouco coerente e ofensiva. Mas ela parece não perceber o alcance de sua retórica.

Naturalmente, não posso postar meus comentários no blog de Lívia Zaruty, que deliberadamente apagou minha postagem exigindo a reparação de como ela entende que se deu a ocorrência, sem mesmo estando lá.

Sendo assim, em meio a uma questão judicial, já deverei iniciar outra.

O caso é grave.

Aos que nos apoiaram

Em respeito aqueles que ofereceram suporte e solidariedade a nossa família após a ocorrência aqui divulgada, comunico que estaremos amanhã diante da Comissão de Igualdade Racial da OAB-RJ, compartilhando o acontecido e em busca de orientação. Muito obrigado a todos pelo apoio solidário.

Dos comentários infelizes

Ao escrever inverdades, deliberadamente, em seus comentários uma certa moça me obriga a realizar mais um defesa, por enquanto via texto, como regem as normas legais vigentes no Brasil.

Peço desculpas sinceras a todos os leitores e leitoras e modificarei o sistema de comentários para preservá-los de discussões equivocadas.

Para esclarecer a uma comentarista infeliz, que fez seu último comentário no post "Dora 5 anos: a alegria antes da ocorrência", de uma vez por todas, espero:

1) As crianças estavam voltando do banheiro com a mãe e adiantaram-se para me encontrar. A mãe estava a dois metros atrás delas. Eu estava a um metro delas quando aconteceu a ocorrência. Se tivesse lido com atenção, eu não precisaria repetir. As crianças não relataram o ocorrido: e presenciei. E ainda fui tratado com ironia pela funcionária "tadinha" que, ao perceber que eu era o pai, tentou justificar-se de forma ainda pior.

2) 22h30, hora da ocorrência é um horário normal para o encerramento de uma comemoração de aniversário iniciada as 19h00. Minhas filhas,  em dias normais, dormem as 20h00.

O EXIF das fotos tem data e horário, assim como coordenadas GPS e não pode ser modificado, consistindo em prova legal válida. O mesmo vale para os vídeos feito na ocasião.

3) A funcionária em questão fez nossa reserva por telefone e recebeu o grupo, crianças incluídas, na noite do dia 16/02. Como gerente, tinha a responsabilidade de saber e zelar pelo bem estar de clientes que escolheram aquele espaço e o reservaram justamente por contar com um espaço dedicado às crianças, com destaque no site da empresa. Uma leitura atenta aos fatos evitaria que você cometesse o ato de propagar inverdades, agravado pelo fato de não estar presente. Os fatos aconteceram depois que pagamos a conta o que demonstra ainda mais a falta de preparo daquele estabelecimento ao lidar com seus clientes.

4) O patrio poder me reserva o direito de defender minhas filhas de qualquer agressão, sem com isso incorrer em outra. Dentro da prerrogativa legal, procurei a autoridade policial. Pais respondem por seus filhos menores, Livia, segundo a lei de qualquer pais civilizado e signatário do tratado de Haia.

5) Lia vestia short e camiseta de grifes renomadas, roupas novas e em ótimo estado. Dora não trajava vestido (cuidado com a difamação, senhora Livia) e sim um macaquinho cm corte balonê e pernas saint tropez. Não consigo imaginar de onde tirou a ideia de que era maior do que ela. Basta olhar as fotos para ver os trajes.

Em tempo: mesmo que fossem crianças de rua não poderiam ser barradas em espaço que é uma concessão em área pública, incidindo em crime de cerceamento do direito de ir e vir e constrangimento ilegal de menor, ambos crimes tipificados no Estatuto da Criança e do Adolescente.

6) Descabelada (novamente, difamação - basta ver as fotos). Quando você era criança e brincava (será?) provavelmente tinha um séquito de empregados para arrumar suas madeixas a cada minuto do folguedo. Minhas filhas estavam como as demais crianças que usavam o parquinho do quiosque.

Ainda que descabeladas estivessem, pelo motivo supracitado jamais poderia ser sequer tocadas pela funcionária em questão, muito menos agredidas verbalmente. Você as está agredindo também ao negar aos seus olhos o que as fotos revelam. O pior cego é o que não quer ver.

7) Presumo que esteja ciente de estar incorrendo em seguidas inverdades em um espaço democrático, mas regido pela legislação brasileira e pelas normas de conduta do Google. ao assinar o serviço concordou com as mesmas e está sujeita as implicações legais sobre suas palavras.

8) Onde você leu que eu estava pedindo a prisão da agressora? Mais uma vez incute em difamação e em injúria ao imputar-me uma palavra que não usei.

9) Para evitar sensacionalismo e compreensão equivoca, foquei minha reclamação em redes sociais, blogs e jornais. Em meios escritos é possível refletir sobre fatos de forma ponderada. Preservei as meninas e até mesmo a vitima ao não polemizar em TV, imediatista por natureza, recusando polidamente os pedidos de entrevistas.

 Como os leitores sensatos podem ver, nem todos entendem isso e extrapolam em sua maneira de comentar. 

Tive toda a paciência e respeito com você, presumindo ser uma leitora consciente e capaz de expor seu ponto de vista sem agir como uma energúmena.

Aqui é o meu espaço de expressão. Você tem o seu. Use-o.

Minhas filhas são educadas com esmero e de forma holística, justamente para serem pessoas melhores e capazes de estabelece relações para lidar com o mundo. Pena que nem todo pai tenha conseguido educar sues filhos da mesma forma. 

Certamente o seu pai não obteve sucesso na empreitada de educá-la. 

Ainda não consigo entender seu ódio direcionado a mim. Não conheço você, não lhe procurei par acusá-la ou agredi-lá e sequer tenho interesse em sua existência. Prezo o meu direito de continuar assim.

Mas, certamente, não vou esperar por desculpas, de forma que tomarei as medidas que me cabem como cidadão. Por enquanto, baseado em todas as mensagens aqui postadas, baseio no código penal e vejo claramente a violação dos artigos 138 e 139. Espero, sinceramente, que não chegue ao 140.

Com pesar, mais uma vez,
Felipe Barcellos

Escolas públicas cariocas: chapa quente!

41 graus em sala do Colégio Pedro II, em São Cristovão, 21/2/2011 foto: Paulo Alvadia, Ag O Dia.




Quando voltamos para Rio, em 2009, minha filha mais velha estudou em uma excelente escola pública, cuidada com muito carinho pela direção do estabelecimento. Apesar da incrível professora Márcia, um exemplo de dedicação, existiam duas condições que tornavam a tarefa de facilitadora do aprendizado quase impossível: o calor insuportável e o descaso dos pais com a continuidade da educação no ambiente doméstico.

Para o calor, não existe fórmula mágica. Com o que se gasta para comprar e abastecer os carros dos parlamentares estaduais seriam possível instalar unidades de condicionamento de ar em todas as escolas da rede pública, municipais e estaduais. Se incluirmos as verbas de publicidade, seria possível refrigerar até as bibliotecas. Mas nem os colégios federais instalados no Rio de Janeiro, como o Pedro II possuem o equipamento para o corpo discente, instalando-os apenas nas salas da diretoria. Me mostre um lugar no planeta Terra no qual alunos consigam estudar sem perder a atenção sob um calor de 41 graus e ainda assim conseguirem excelência acadêmica e eu paro de reclamar.

O segundo problema é mais grave. Convivi com muitos pais que, quando muito, apareciam nas reuniões da escola para reclamar da rigidez na avaliação das crianças (a professora não concordava com o regime de aprovação automática, que formou uma horda de analfabetos funcionais) e com a exigência do trabalho de casa e da leitura semanal de livros.

Uma das crianças que era de convivência mais próxima relatava as pressões que sofria em casa par largar os livros, que eram "bobagem". Esse menino, inteligente e perspicaz era incentivado por seu pai, zelador de um prédio na vizinhança, a jogar video game (sim, tinha um PS2) e frequentar Lan Houses para usar o Orkut e MSN, mas não gostava que o menino dedicasse tempo para ler. O menino tem agora 9 anos.

O motivo desse comportamento era o fato do pai ser analfabeto e acreditar que um filho "letrado" questionasse seu poder de pai. A mesma história repetia-se em toda a escola, sendo ainda mais cruel com o elemento feminino. As meninas que não se enquadravam no comportamento lascivo precoce, estimulado pela cultura do funk (as "novinhas" que citei em um post anterior), eram sumariamente excluídas do convivio com as demais. Sem maquiagem carregada, pulseirinha do sexo e roupinha cravada. Lembrem que estou falando de meninas de 9, 10 anos. Nada contra o funk para adultos, mas acho crueldade uma criança em formação ser bombardeada com valores sexistas. Quando a escola decidiu que não teriam funk durante as festas juninas, quase houve uma rebelião...Das mães!

Felizmente, as exceções existiam. A mãe de uma amiguinha de Lia, também casada com um zelador e guerreira ao extremo no que diz respeito a formação cultural da filha (e inteligente o bastante para ter apenas uma filha, de acordo com a renda do casal). Incentiva atividades extra classe, pesquisa, cuida da cultura geral da filha com boa música e estimulando um aprendizado saudável.

Ou seja, não é a origem de uma pessoa ou suas posses que vai determinar o comprometimento da mesma com a educação de sua prole. Mas esses exemplos precisam ser divulgados e estimulados. Espero que um dia sejam o lugar comum.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Para não passar em branco

Aos que foram vítimas de agressões como a sofrida por minha filha, o respaldo legal para reclamar seus direitos:

Lei 7716

Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador.

Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público.

Com o agravante:

Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço).

Ou seja, o comunicado presume que a vítima seja intimidada. Não será.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Rio de Janeiro, uma cidade intolerante

Como alguns cariocas têm cultivado o ódio e a intolerância. A cidade supostamente liberal, mostra sua cara retrógrada a cada ato racista e proconceituoso. Cabe as vítimas gritar para terem os seus direitos respeitados.

Ontem, mais um caso de intolerância chocou a cidade.

O Rio vive sob um manto pseudo liberal que mal consegue atravessar o túnel Rebouças. Isso moçada, gritem para serem respeitados. Caso contrário, aquele discurso "bati pois achei que era puta" ou "queimei sim, era mendigo" vai perpetuar-se.

Não vou deixar que as coisas continuem assim.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Para entender como as crianças pensam o conceito de "raça"

A pesquisadora americana Rob Bernstein dedicou boa parte de sua vida a estudar como inventamos o conceito de "criança" e o mercantilizamos ao longo dos últimos dois séculos.

Ela escreveu o livro Racial Innocence: Performing Childhood in Black And White.

Um artigo de Abril de 2010 sobre seus estudos pode ser lido aqui.

Como tapar o sol com a peneira

Demitiram a agressora. Basta?

Dora 5 anos: a alegria antes da ocorrência.

compartilha com os velhos e novos amigos do blog a parte boa do aniversário de 5 anos de Dora, na noite do dia 16/2, no Leme. A molequinha estava muito feliz com a festa surpresa, ao lado dos amigos e parentes. Até aquela mulher estragar tudo.




Pintando para esquecer.





Minhas bonequinhas passaram o dia com pincéis, telas e tintas. Assim, parte da tristeza se foi, muito dela transportada para o temas das telas. Bola para frente.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pérolas aos porcos

Muita solidariedade, repleta de reflexões pertinentes, chegou a minha caixa postal. Agradeço aqueles que me ajudaram e a minha família a superar o momento ruim. Ganhamos força para lutar.

AOs que se exaltaram em suas manifestações preconceituosas e descabidas, resta a forma da lei. IPs anotados e páginas de comentários salvas. A internet não é uma terra sem lei. E um recanto genial onde pessoas de bem podem expor ideias controversas de forma civilizada, como a maioria dos que por aqui passaram ontem e hoje.

Aos demais, desejo que o aprendizado chegue antes que seja tarde.

De volta à programação normal a partir de amanhã.

E a vida continua

não gosto de flames, ainda mais em 2011.

Centenas de leitores foram solidários e agradeço a todos com coração aberto.

BO em andamento e as medidas legais serão tomadas

Mas, claro, existem aqueles que endossam o racismo e a vergonha.

Para estes, esclareço: ainda que fossem crianças de rua, maltrapilhas que estivessem, não deveriam ser enxotadas como párias. Aquele quiosque é uma concessão em um lugar público, a praia. Caso as supostas crianças estivessem sendo inconvenientes, uma conversa amiga, na altura dos olhos, resolveria a questão. Sem a violência da suposta superioridade social. Minhas filhas estavam em silêncio e sem nada nas mãos. BO em andamento e a vida segue.

Espero que aqueles que comentaram de forma acintosa nunca passem por nenhum tipo de violência ou intolerância.

Mas, se sofrerem, podem contar com a minha solidariedade.

Ontem, dia de aniversário de 5 anos de minha filha, mataram um pouco de nós

Bom dia,

Nunca imaginei que depois de tanto colaborar com o EU-REPORTER, tivesse que viver na pele a dor de um cidadão agredido com sua família em um dia de festa.

Escolhemos o quiosque Espaço OX, no Leme para comemorarmos o aniversário de 5 anos de minha filha mais nova, com amigos e familia, num total de 20 pessoas. Reservamos e chegamos, com as crianças, as 19h00. Realizamos a comemoração comas minhas filhas, Lia e Dora, que durante todo o tempo brincaram nas dependências do quiosque as vistas dos funcionários.

Todos os convidados consumiram regiamente e pagaram suas despesas com tranquilidade.
Aos nos prepararmos para ir embora, as 22h30, a funcionária Loi impediu minhas filhas, Lia(9 anos) e a aniversariante Dora (5 anos) de entrarem no quiosque ao retornarem do banheiro.
O motivo: alegou que seriam crianças de rua, por serem negras e terem cabelos crespos. Para encurtar uma longa historia: minha filha mais velha, de apenas 9 anos, está em choque. As alegações da funcionária não apenas são racistas e incidem em constrangimento ilegal e cerceamento do direito de ir e vir, como denotam a falta de atenção dedicada aos consumidores que frequentam o espaço. Vou entrar com medidas legais contra o estabelecimento e um processo por constrangimento ilegal, injuria, difamação e crime de racismo contra a funcionária.

Não queiram saber a dor de um pai ao vivenciar tais cenas em um dia de festa. A dor não vai embora quando fecho os olhos. Me vem a imagem de minha filha, minutos antes extasiada de alegria e em seguida chocada com uma realidade distorcida.

Estou sentindo muita dor. Uma dor que não vai embora.

A funcionária tinha a obrigação de observar quem estava na mesa mais numerosa do estabelecimento, estávamos minutos antes cantando parabéns e repartindo um bolo.

Impossível não ver a alegria que minhas filhas viviam em meio a amigos e família.

Loi estragou tudo com seu preconceito e despreparo para lidar com o publico. Precisa ser punida de forma exemplar.

Minha filha, uma crianca que é o que existe de mais valioso em minha vida, está DESTRUÍDA, achando-se culpada por não ter a aparência "certa" para poder ir e vir.

Espero que tal comportamento não seja uma norma do Grupo OX e da Orla Rio.

Esta carta está sendo copiada aos principais jornais do Brasil e publicações do segmento de turismo no Brasil e no exterior, em inglês.

Felipe Barcellos
Jornalista (ex-Folha, ex-editora Abril) e pai.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Volta às aulas. De novo.

Costurei a camiseta furada da mais velha. Fiz o lanche. Pendurei as roupas no cabide: sutiã, short-saia e meias. Conversei sobre as novidades. Sobre as obrigações e responsabilidades. Deixei a pequena colocar as meias de cores trocadas dentro do tênis. As mochilas novas repletas de sonhos. Volta às aulas é muito legal.