terça-feira, 8 de setembro de 2009

Dos malas digitais



tem uns malas que usam a internet e são especializados em reviews de equipamentos eletrônicos, principalmente câmeras digitais. seu job é encontrar defeitos e concordarem uns com os outros que os melhores equipamentos são aqueles que ninguém pode comprar. preferem punhetar as máquinas com testes de performance e afins, num fetiche digital besta, do que sair e fotografar as dores e delícias do mundo. procuram pêlo em ovo. ruído na imagem, foco automático lento, fallta de estabilização de imagem, etc, etc. já imaginaram se cartier-bresseon fosse pensar nisso? jamais teria tirado uma foto sequer, perdendo tempo com ajustes e perfumaria.

uma das principais reclamções é sobre o grande número de tipos de cartões de memória utilizados em câmeras e dispositivos digitais. hoje em dia, todos amam o SDHC. minha câmera dSLR usa cartão CF (muito rápido para gravar e transferir imagens e robusto em campo) e xD (lento e raro, essa cria d Fuji Film e da Olympus está caindo em desuso). a câmera, uma Olympus E-420, tem dois slots para uso simultâneo. qual é a utilidade disso, perguntam os chatos, em tempos de cartões SDHC com 32 Gb?

como não sou burro para fotografar 32gb antes de fazer back up (uso cartões de 4gb, mais confiáveis e me fazem pensar antes de fotografar qualquer coisa, para não acumular lixo visual), fujo deste modismo. e descobri a utilidade do segundo slot (ausente da maioria das câmeras top de linha para amadores avançados, sejam point and shoot ou dSLR).

1) back up instântaneo - é quase impossível dois cartões darem pau ao mesmo tempo.

2) multiusuário -quando saio com minha filha e ela pede a câmera, faço ela usar o cartão xD, para preservar meu material e facilitar na hora da edição, quando basta ela copiar o que fotografou para a área de trabalho dela no macbook.

3) cabos esquecidos: meu leitor de cartões está com o slot do CF quebrado e sempre levo comigo o cabo específico da câmera, para backups e edições em trânsito. hoje (sábado) esqueci o cabo. como me salvei? copiei o material, na própria câmera, de um cartão para o outro. voilá.

além de ser a menor e mais leve dSLR do mundo (a Panasonic G1 não é uma dSLR - não tem prisma ou espelho -, como as revistas "especializadas" brasileiras andam bostejando), a olympus E-420 é uma ferramenta essencial para o fotógrafo de rua que não deseja ficar na mão em momentos cruciais. me permite fazer fotos de pessoas e coisas em movimento, impossíveis para as câmeras point and shoot (muito lentas) e sem viewfinder. é muito mias fácil ficar incognito na paisagem com a câmera perto do olho do que com o braço esticado lá na frente para fazer o enquadramento e a composição pelo LCD.

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