quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Crianças, Sexo e Dinheiro: a vida (e a morte) pós-trafico em comunidades pacificadas


Tem filha? Então digite “bonde das novinhas”, “novinhas do funk” ou “novinhas metendo” no Google ou no You Tube. Vá, pense fora da caixa e faça isso. Agora imagine uma das meninas que você viu, com cerca de 13 idade anos do Complexo do Alemão (isso vale para outras comunidades e até mesmo bairros classe média da Zona Sul carioca) cobra cerca de R$100,00  por programa (camisinha, esqueça - é moeda de troca fazer sem preservativos, chegando a dobrar o cachê), sendo que R$ 40,00 ficam para ela e R$ 60,00 para o cafetão ou cafetina (em muitos casos, membro da família). 


Esqueçam os dias livres. Quando muito, um dia de folga para ir ao Shopping. Obviamente, os dias de menstruação são resolvidos fazendo sexo com diafragma ou praticando apenas sexo oral ou anal. Elas não querem descansar. 

Agora convença essa menina que vive cercada de miséria que ela poderia largar essa vida e ganhar em um mês metade do que ganha por semana lavando banheiros no McDonalds do shopping mais próximo ou trabalhando como empregada doméstica. Ela vai rir de você, leitora. Shopping para ela é um lugar para passear com as amigas, azarar, conseguir alguns clientes (praças de alimentação, em qualquer shopping, são palco de um tipo muito interessante de trottoir)  e torrar os R$1500,00 que ela ganha por semana, trepando cinco vezes com estranhos (ou parentes, ou conhecidos, ou vizinhos, ou amigos da escola).

Muito bom que o Estado tenha resolvido arcar com o custo social de melhorar as condições de vida em área dominadas pelo tráfico. Mas existe uma seara onde ele não consegue entrar: na vida privada.

Famílias que cresceram sem planejamento e sem esteio moral jamais conseguirão dar suporte emocional e educacional para crianças em formação em um ambiente onde o estimulo do “sucesso” fácil é diário. Menos pela mídia - jovens carentes passam menos tempo diante da TV do que os sociólogos antiquados acreditam -, mais pelos códigos da própria comunidade. A indústria do funk criou uma base sólida para a exploração sexual precoce. 

Crianças pequenas dançam e cantam letras de conteúdo sexual perverso, se não na forma (mulheres que assumem o papel de brinquedos sexuais dos homens da comunidade, sem culpa) na falta de diálogo para contextualizar o que repetem como um mantra, aos 8, 9 anos de idade. Basta escutar a programação vespertina de rádios como a FM O DIA, para terem a dimensão do que estou dizendo.

Em áreas onde gravidez adolescente apresenta características de epidemia, fica difícil encontrar em uma mãe ou uma avó algum suporte que fuja ao estereótipo. Se antes elas eram “educadas” cada vez mais cedo para serem as escolhidas como mulheres dos traficantes dominantes, agora, com a guerra o tráfico, elas vão migrar em massa para a prostituição, seja nas ruas locais, seja virtual (mais difícil de combater) oferecendo seus serviços via MSN e Orkut. 

Enquanto fora do Brasil os pais estão preocupados com o “sexting”, aqui no Brasil as meninas aproveitam os recursos de comunicação e criação de imagens dos celulares para vender seus corpos  e produzirem imagens de sua nudez, a qual é precocemente valorizada nas relações pessoais e de comércio sexual. Não, crianças não podem ter privacidade digital, como já comentei em outro texto.

Visite um cinema multiplex da zona oeste carioca ou a praia da Reserva, no Recreio dos Bandeirantes, para entender a dimensão do problema. Uma garota com um celular na mão e acesso remoto (longe de casa e dos olhos protetores da família - quando existem) a redes sociais é uma empresa do sexo, capaz de comunicação eficiente e discreta com sua clientela.

Elas não são criminosas. São vítimas. E o pior: vítimas em uma faixa etária na qual acham que estão repletas de razão. Um garota que ganhe R$ 75 mil ou R$ 80 mil reais por ano, livre de impostos, não é vista como algo indesejável em uma família onde a renda combinada dos pais não chega R$ 2 mil mensais. E para justificar a “renda extra” daquele núcleo familiar, basta que a menina faça algumas apresentações como dançarina em um baile funk. Vira “artista” e lava o dinheiro da prostituição. Está fechado o círculo vicioso.

Já a turma da cafetinagem leva entre R$ 375 mil e R$ 500 mil por ano, sem ter que trocar tiros com a polícia ou criar logística de quadrilha para armazenar e proteger drogas, vender gás clandestinamente ou criar centrais de TV a cabo pirata. É o dinheiro sujo mais fácil que alguém pode ganhar. Cada vez mais os traficantes e milicianos estão migrando para a exploração da prostituição infantil e adolescente como fonte de renda sem dor de cabeça.

E essa dor, essas vidas perdidas precocemente, os tiros, carros blindados e rasantes de helicóptero não serão capazes de “libertar”.

Aqui, a solução para o problema está para frente, nos próximos 10 anos.  Assim que a hipocrisia do Estado cessar e o foco passar a ser planejamento familiar e esforço sócio educacional como moeda de troca em políticas de distribuição de renda. Chega de gerar massa de manobra, corpos dóceis e eternamente agradecidos à bolsa-miséria. É hora de bolar uma geração oriunda da pobreza capaz de tomar as rédeas desse pais.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Miniputas

Sabem o resultado de ser irmã da Miley Cirrus (antiga Hanna Montana) e filha de uma mulher que trai seu amado (e careta) pai com o Brett Michaels (lembram dele)?

Você dai dar uma festinha de pole dancing e lançar uma coleção de lingerie sexy para crianças aos 9 anos de idade. Celebridade precoce com destino de vida.

Pode guardar a vaga dela na clínica Betty Ford.

Porra, deixem as crianças serem crianças! Parem de vender seus filhos como pedaços de carne.

Faz um 21...

Uma leitora de 21 anos me pergunta o que fazer para reaproximar-se do pai. Eu não sei. Não confiou em terapeutas e suas "linhas", portanto não vou emular um e dar respostas fáceis. Não sei como foi a mecânica dessa relação que em em pouco tempo fez da magia da paternidade um abismo entre esse pai e essa moça.

O que sei é que tenho medo. Muito medo. Medo de fazer tudo certo e minhas filhas acharem que fiz tudo errado. Mas não abro mão da linha que tracei, de não fazer concessões desnecessárias, de não abreviar a infância e de ter o caminho do diálogo aberto desde já.

Vai funcionar? Não tenho como afirmar. Eu posso morrer antes dela chegar na idade "de dar problemas". O pepino ficaria para a mãe. Mas pode ser que eu possa ter nela uma grande companheira de surf, de livros, de descobertas. Pode ser que eu seja um "colo" para sempre, para todas as roubadas da vida, um porto seguro depois de cada toco ou frustração. Um porto seguro nos momentos felizes, de vitória, de conquista, de realização pessoal.

Eu poderia dizer à leitora para chamar o pai para conversar, expor seus anseios e, sim, pedir o seu colo. Mas não farei. Tenho visto coisas, diariamente, que me fazem duvidar de certas paternidades.

Alguém consegue explicar um pai chutando a cabeça de sua filha de 15 anos até a morte, apenas por ela estar namorando na praça, escondida? Brasil, 22 de novembro de 2010. Foi preso. Já soltaram. A igreja dele não permitia o namoro. Aos 41, já não tenho muita paciência com humanismos politicamente corretos. Cansei deles. Eu mataria esse homem se pudesse, da mesma maneira que ele matou a menina.

Sou devoto da paternidade responsável, mas sei que a vida não é linear. Altos e baixos acontecem. Mas, se decidimos ter filhos, temos a obrigação de zelarmos pelas crias. Obrigação! Não é opcional. Ninguém pediu para nascer. Nós trouxemos essas pessoas para cá. Sendo assim, antes de qualquer merda acontecer em nossas vidas temos que zelar pelo bem estar de nossas crias. Ainda mais meninas, que já crescem sob um manto de submissão, controladas em sua essência para comportarem-se como a sociedade quer e não como elas mesmas são.

De que adianta comemorar um dia de Não Violência Contra a Mulher em um mundo repleto de Valeskas Popozudas, Mulheres Melancia, Sabrinas e afins? Respondo: nada! Enquanto as mulheres decidirem se auto-agredir em sua essência, pouco vai melhorar a maneira como as identidades masculinas em formação enxergam a figura da mulher. Se uma mulher ganha dinheiro e divulga sua imagem pública chamando-se de buraco e a maior parte de seus seguidores são outras mulheres, algumas prestes a serem mães, sabemos que a luta pelo respeito e igualdade não vai terminar tão cedo.

É preciso mostrar para essas meninas, desde cedo, que elas vivem um uma sociedade supostamente igualitárias, gerida pelo "livre arbítrio", mas que muito da liberdade propagada é moldada pela visão e mundo dos homens. Moldada na construção delas como objetos de desejo. Peças de consumo.

É preciso educar essas meninas para que não tenham conflitos precoces entre suas práticas e ideias da vida privada com a postura que se espera delas na esfera publica. Se minha filha gosta de masturbar-se com pensamentos submissos ela precisa saber que não precisa viver com culpa ao ter que adotar uma postura diferente na vida social, acadêmica e profissional.

Tirar a culpa da cabeça da mulher, ou dar espaço para que elas verbalizem suas confusões desde cedo pode criar mulheres mais fortes, menos sucetíveis aos caprichos masculinos mais nefastos, que ainda fazem vítimas diárias nas mais diversas classes sociais e modos de vida.

Eu, você, todos nós conhecemos uma mulher que apanha (fora dos limites da sexualidade, como falei acima -a velha discussão do sexo violento consentido entre adultos- eu gosto) de marido, de amante, de namorada (sim, lésbicas, as vezes, não se respeitam como mulheres - vão tapar o sol com a peneira?) e permanecem caladas por anos a fio. Pelas crianças, pelo casamento, "mas eu não tenho para onde ir", "o que meus subordinados vão pensar". E assim, a essência do feminino continua sendo jogada no lixo. Pelas próprias mulheres.

A leitora que disparou o post, desejo toda a coragem para descobrir o ponto de convergência entre ela e o pai. Torço para que tenham algo em comum que possa ser explorada na retomada de uma relação cordial. Mas se perceber que é tarde demais, faça o foco em seus objetivos de vida e siga adiante. Sua vida vale mais do que tudo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Na escola não. Nunca. Na sua casa, o problema é seu. Depois não diga que não avisei.



existe uma visão estúpida de achar que no terreno pantanoso do sexo entre adultos e jovens, quando é com meninos, tudo bem. Tem pai e mãe que chegam a relatar tais casos com orgulho. "Afinal ele ja é um homenzinho, já tem 15 anos", dizem. É preciso separar as coisas: na escola, com professores ou funcionários, não. Sob o risco de não conseguirmos mais discutir com eles normas de conduta em sociedade. Depois choramos as consequências da "largação".

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Filhos não precisam de privacidade digital. Nós precisamos de olhos abertos.

Mais uma semana e mais um caso de meninas adolescentes que partem para encontros com desconhecidos combinados via internet, dessa vez na Bahia e no Paraná. Seja em salas de chat, seja por redes sociais, seja por mensagens instantâneas (MSN e afins) a molecada está na alça de mira de sacanas de todo o tipo. Muitas vezes amigos da família. Muitas vezes, familiares. Se bancarmos os modernos e fizermos vista grossa à vida digital de nossos filhos vai dar merda, claro.

Tudo por que essa geração de crianças é cria direta de pais usuários de internet que dão pouca ou nenhuma atenção ao fato de que, sim, existe gente que sabe da vulnerabilidade de uma pessoa em formação diante de uma liberdade total de expressão. E a equação é simples: uma criança ou adolescente que passe mais de 2 hors diárias em frente ao computador ou dispositivo portátil trocando mensagens ou consumindo (sim, consumindo - a maioria não produz conteúdo relevante.) é devido a uma carência de atenção paternal.

Não existe rede social apra crianças. Aliás, nenhuma delas coloca em seus disclaimers que assume a responsabilidade de serem babeas do que seus filhos fazem na rede. Criança não precisa de celular. Criança não precisa de comunicador instantâneo. Mas a ansiedade paternal de querer ver o filho inserido na modernidade -um must nas conversas de pais que gostam de exaltar os "superpoderes" dos filhos- está expondo nossas crianças e adolescentes cada vez mais aos impulsos nefastos de predadores sexuais habilidosos em identificar fraquezas, apostando em um misto de curiosidade, impulsividade e carência de afeto e atenção típicos dos pais de nossos tempos.

A coisa piora quando entra em jogo o conceito de privacidade. Primeiro, crianças não devem ter privacidade em sua comunicação com estranhos, sejam eles de que idade forem. Os controles parentais disponíveis em toda e qualquer ferramenta de comunicação digital, incluindo ai os videogames com acesso à rede, estão lea para serem usados. Não são enfeites.

Precisamos, sim verificar os logs de mensagens e saber quais sites nossos filhos frequentam e que tipo de conteúdo estão tendo contato. São influências, boas ou ruins, mas que possuem um canal direto para as cabeças da garotada, sem filtros. Compre, tenha, seja mais do que o outro. seja sexy. seja superior. Como diz Washington Olivetto na coluna de Daniel Castro na Folha de São Paulo publicada em 22 de novembro de 2010, "É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade".

Se levarmos em conta que os principios que aprendemos em publicidade para seduzir e criar consumidores cegos, com corpos dóceis e vontades manipuláveis, podem e são portados para as relações humanas, fica claro que o cenário de vulnerabilidade de nossos filhos é real e vasto. Nossa obrigação é prepará-los para separarem o joio do trigo.

Quando um predador sexual, homem ou mulher, chega próximo à fragilidade emocional de nossos filhos a ponto de faze-los burlar nossa vigilância e confiança (quando existem) para aventuras que, via de regra, se traduzem em situações trágicas para as crianças é por que não cumprimos nosso papel de protetores como deveríamos. Sem desculpas.

A perigosa inversão de valores, demonstrada pela prática de deixar às crianças o duvidoso posto de capitães da tecnologia em casa ("nem sei ligar, não tenho paciência para isso, mas Fulaninho sabe tudo de informática"), como se isso fosse trazer algum benefício para suas formações sócio-psíquicas-, agrava esta situação de exposição aos perigos, não só para as crianças, como para todo o núcleo familiar.

Uma criança ou um adolescente magoado e complexado em busca de reconhecimento em seu grupo social pode facilmente revelar detalhes da rotina e do patrimônio familiar de forma a alertar meliantes de todo o tipo para ações nefastas. Quando produzi o documentário SEQUESTRO, tive depoimentos de vários sequestradores que procuravam suas vítimas em redes sociais. Na maioria dos casos, adolescentes exibicionistas.

Sem alarmismo, mas com os pés no chão, vale pensar em com a prática da liberdade digital em casa deve ser pensada em um cenário como o de hoje.Uma conversa franca sobre limites, que pode ser benéfica ao expor os assuntos que passam pela cabeça dos filhos, mas raramente tornam-se pautas de conversas familiares.

Nossas experiências online boas e ruins no campo social, erótico-afetivo e profissional devem ser analisadas e delas podemos tirar uma boa conclusão do que podemos proporcionar aos nossos filhos em termos de segurança e responsabilidade com as informações pessoais.

Uso a web e outros meios digitais para todo tipo de relacionamento desde 1994. Tive muitos blind dates onde eu era o sedutor, aquele que proporcionaria a experiência extraordinária, que não poderia ser evitada sob pena de arrependimento eterno. Menti para muitas mulheres apenas para ter prazer imediato, para servir ao meu desejo de conquista. E ter como alvo pessoas incapazes de discernir entre o adequado ou não, independentemente de formação acadêmica ou sócio-cultural era a coisa mais simples do mundo. Na época não havia defesa. Essas pessoas poderiam ser vítimas por carta. Mas eram mulheres adultas e eu não era um bandido sociopata. Mal menor.

Hoje já sabemos como identificar e desestimular os perpetradores de engenharia social com fins duvidosos.

Agora é hora de ensinarmos aos nossos filhos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Pede para Sair

Não vai demorar até algum pai ou mãe sem noção transformar Tropa de Elite 2 em tema de festa de aniversário. Imagino toda as crianças com fuzis de brinquedo e fantasiadas de soldados do BOPE, cantando palavras de ordem durante a festinha e fazendo simulações de tortura. Minha filha mais nova chegou da escola cantando a trilha do filme. Não tenho dúvidas que alguém assistiu ao filme com o filho a tiracolo. Isso numa escola com linha educacional piagetiana. Fico imaginando na escola municipal onde minha mais velha estudou em 2009 como as coisas não estarão lá a maioria dos alunos mora em áreas controladas por milicianos. Eu mesmo presenciei uma criança s de uns 3 ou 4 anos acompanhado do pai no cinema. Triste.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Da ansiedade do pai provedor

Já faz mais de dois anos que não sou o pai provedor. Sai do mercado e achei que seria fácil voltar, mas a meninada sabe tanto quanto eu e aceita ganhar menos. O resultado é que minha mulher assumiu as rédeas das contas. E por mais que tenhamos mudado nesses últimos 100 anos, nós, homens, ainda sofremos ao não conseguirmos atender ao desejo de um filho, pagar as contas em dia e comprar comida. Eu choro, muito. Sozinho. Envergonhado. Mas não paro de lutar. Já escondi de minhas filhas a minha condição atual de gênio midiático sem trabalho fixo. Um projeto atrás do outro, mas que trazem pouca grana, apesar da satisfação pessoal.

De um tempo para cá decidi não esconder mais. Acho que é preciso ter os pes no chão se queremos construir uma família baseada na verdade e na justiça. Minhas filhas merecem uma pai que não se esconde atrás de subterfúgios. Que sabe que está em falta com elas, mas não desiste nunca.

Minha hora de voltar ao topo está chegando. E quando acontecer, vou dividir com elas e com todos aqueles que me deram força durante o trajeto. E en†ano, poderemos rir juntos dos tempos difíceis.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Parto Humanizado no interir de São Paulo

Ainda em duvida sobre as vantagens para a mulher de optar pelo parto humanizado? dia 11/11 vai rolar um encontro gratuito em Sumaré, SP com o grupo MadreSer.

Se estiver or perto, não deixe de ir.

DVD sobre amamentação

Muitas amigas estão começando a amamentar suas crias, mas enfrentam problemas para encontrar informação simples e direta para esclarecerem suas dúvidas. É muito fácil cair em prantos, vítima dos palpiteiros familiares ou vítima daquelas que fazem apologia às "maravilhas divinas" da amamentação mas esquecendo os percalços do caminho. Pode ser bom, pode doer pra caralho. Mas, acima de tudo, é fundamental para a criança e para os seus hormônios começarem a entrar nos eixos.

Esse DVD lançado pelo GAMA (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa) pode ajudar bastante.

http://www.maternidadeativa.com.br/aleitamento/index.html

Como matar seu filho

Não existe justificativa para levar um bebê em uma scooter ou moto, ainda mais sem capacete e pilotando com apenas uma mão. Em caso de queda, ela morre na hora, a cabecinha esmagada. O pai ainda fica vivo para chorar pelo homicídio. Além de ferir a lei, coloca em risco desnecessário, diariamente, uma criança sem defesa.



O cruzamento da Genaro de Carvalho com Eunice Godin é um dos mais perigosos do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. A classe média brasileira mata suas crianças por conveniência.

foto: Felipe B

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Miley Cyrus - Who Owns My Heart (Official Music Video)



Acho que a grande vantagem de nossas filhas de 16 anos mergulharem no sexo dyke é o fato de poderem deixar as camisinhas de lado, poderem se trancar no quarto com as amigas sem levantar suspeita e não terem que aturar papo chato de marmanjos se acham o máximo. Claro, nem tão cedo teremos gravidez em casa...Prazer sem culpas.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Kirikou: um pequeno herói para elevar a auto-estima das crianças negras (e encantar todas as outras)

recomenda a quem tem filhos pequenos e, como eu fiz, mandaram a TV por assinatura catar coquinho na ladeira: "Kirikou et la sorcière", um filme de 1998, dirigido por Michel Ocelot. Belo exemplo de animação inteligente, com uma trilha primorosa de Youssou N'Dour. Agora saiu o DVD dublado em português, pela Paulinas Multimedia. Primoroso.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ELMO GOT AN ERECTION

Elmo got an erection. E a direção do Sesame Street achou conveniente não veicular o vídeo na TV, depois que alguns pais reclamaram do top de Kate Perry. Eu gostei. Do top, dos joelhos de codorna e da cor do cabelo.

No Brasil a chapa era mais quente. Em Vila Sésamo, vestida com calças boca-de-sino ou mini-saias, Sônia Braga alimentava a libido infantil.

Além do mais, já fui "torturado" umas 123 vezes com essa música na voz de esquilos cantores que frequentam uma high school, um dos filmes favoritos aqui em casa.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Violência médica contra a mulher

Me pergunto onde estão agora os defensores intransigentes da cesariana. O que aconteceu no Hospital Municipal do Campo Limpo, na Zona Sul da capital paulista, demonstra como os profissionais estão desleixados no trato com as gestações.

Acusam aqueles que optam pelo parto normal de estarem correndo riscos. Nunca soube de um parto em casa no qual tenha acontecido tamanho absurdo.

Um médico cortar as costas de um bebê com o bisturi durante o parto, não importando em que posição este estivesse, demonstra claramente imperícia. Rompeu a coluna vertebral do frágil recém-nascido. Descaso com a vida.

Pior ainda é colocar o bebê morto junto à mãe, como se nada tivesse acontecido.

Por pouco ela não foi acusada de ser a culpada da morte.

Que o CREMESP seja rigoroso na apuração desse fato, assim como a Polícia Civil e o Ministério Público.

sábado, 14 de agosto de 2010

Crime e Castigo

Gostaria muito de não ter mais que escrever sobre pais que matam crianças. Não em 2010. Não no Rio de Janeiro. Não ao assassinato cometido por pessoas supostamente esclarecidas.

Que a morte dessa menina seja investigada a fundo e que não fique duvida sobre os culpados.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dia dos pais é o caralho (para ser gentil)

Nos últimos 15 anos a turma da publicidade tornou quase insuportável o mês de agosto, com essa onda de Dia dos Pais. Um saco, uma palhaçada sem tamanho. Me expliquem os motivos que levam uma pessoa a desejar ganhar furadeiras, cuecas e meias, passar horas na fila de um restaurante carioca, cheio de cariocas que falam aos berros e enchem a cara sem noção, para comemorar um dia, que se fosse de fato nosso, deveria ser utilizado para fazermos o que desejarmos, sem interrupção. Querem me dar presente, me paguem uma massagem e tá ótimo.

Mais bizarro é ter que que decidir a programação desse dia "festivo e especial" com uma semana de antecedência. Porra, e se der onda (e vai dar - to monitorando ess swell e não vou perder). E se eu acordar sem vontade de falar com ninguém? Vou ter que ir lá, todo pimpão, fazer festinha? Não. Chega. É o meu dia e vou fazer o que eu quiser.

O pior é o bombardeio nas crianças. Até na escola, que se diz preocupada com a consciência crítica das pequenas, inventaram um jeito de arrancar mais dinheiro da gente, criando um passeio para os pais, a 76 reais por cabeça. Uma visita guiada ao Maracanã e uma churrascaria na sequência. Ou seja, reprodução de estereótipos, pai macho, fá de futebol e churrasco. Eu nem sou amante de futebol e não compactuo com a existência daquele elefante branco, caindo aos pedaços.

Os sem noção esquecem que a escola fica em um bairro com duas reservas ecológicas, que poderiam ser tema de um passeio, uma caminhada, uma confraternização simples e gratuita. Mas não, as toupeiras preferem encher um ônibus fumacento, gerar um puta fooprint de carbono em um domingo, perder duas horas em deslocamento por regiões feias da cidade, te levam uma grana e ainda chamam isso de homenagem, Só podem estar de sacanagem.

Vou ter que conversar com minhas filhas. Não quero ve-las frustradas, mas não vou dizer que gosto de algo apenas para agradar a duplinha. Tivemos um mês ótimo, grudados. Viajamos juntos para um hotel-fazenda. enfim, verdadeiros dias dos pais (e filhos), sem obrigações comerciais e publicitárias.

Acredito que a escola deveria conversar com os pais antes de propor passeios para as crianças, gerando uma ansiedade absurda. Tô puto. E se os pais estiverem duros? E se o restaurante escolhido for de qualidade duvidosa? E se eu não quiser conversar com outros pais naquele dia? Vou reclamar formalmente.

Essas datas são todas um saco e desnecessárias, não acrescentam nada no ponto de vista social (se quero ver alguém, pego o telefone e combino um chope - não preciso que me digam quando devo ver os meus queridos e queridas).

Minhas filhas saberão onde me encontrar: na praia. E quem quiser me ver (ou homenagear) está convidado.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pelo direito de nascer sem sustos

Me choca a virulência e distorção da realidade nas palavras dos obstetras contra as doulas, reveladas em cartas para a Revista O GLOBO, em resposta a matéria publicada em 18 de Julho.
Não vejo tanta força ao criticar os próprios colegas médicos que deixam bebês morrerem enquanto ficam aos tapas no centro cirúrgico. Não vejo tanta força na hora de criticar a indústria do parto no Brasil, onde gestantes de primeira viagem são estimuladas a fazer cirurgias, ainda que tenham a vontade de fazer as coisas da maneira para a qual forem concebidas.

A medicalização do parto no Brasil trouxe excessos que precisam ser coibidos, principalmente no Rio de Janeiro, uma cidade onde se programam cesáreas como se fosse uma cirurgia plástica ou outro procedimento estético.

Não é a toa que os médicos obstetras brasileiros levaram o Brasil ao triste índice de recordista mundial em cirurgias cesarianas desnecessárias, de acordo com a OMS. Superamos o Chile, vejam só!

No Brasil 79,7% dos partos realizados na rede privada são cesarianas, segundo relatório da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). De acordo com o mesmo estudo, o índice é de 27% na rede pública.

Os índices recomendados pela Organização Mundial da Saúde, e praticados em nações culturalmente avançadas, ficam entre 10% e 15% do total de partos, mesmo assim em casos de extrema necessidade.

Aberração é parto com hora marcada ou mentiras em momento de fragilidade emocional sobre não dilatação, ausências de contrações ou a mais terrível e favorita dos médicos: enrolamento de cordão umbilical.

Falar em segurança para o bebê e propor anestesia é ignorar que ambiente hospitalar (pode ser chique, mas é muito mais sujeito a infecções graves) e anestesia aumentam em mais de 10 vezes os riscos para mãe e bebê.

Médicos sérios e com formação atualizada respeitam a mulher e a criança. Parece um cenário distante dos açougueiros natais cariocas.

Para ser primeiro mundo é preciso devolver as mulheres das próximas gerações o direito de escolha consciente, de informar-se antes de entrar na faca sem necessidade.

Sou pai de duas meninas, a primeira nascida de uma cesariana desnecessária. A segunda, nascida em casa, com todo o cuidado e carinho. E com a presença de uma equipe médica. E de uma doula fantástica.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pai de Menina na OVI Store

aqueles que usam celulares NOKIA agora poderão contar com uma maneira fácil de acompanhar as discussões e novidades do Pai de Menina. Nossa app está disponível -gratuitamente- na OVI store.

Basta clicar no link ao aldo para curtir Pai de Menina em qualquer lugar: http://store.ovi.com/content/48240

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A lição de respeito e amor ao próximo da Argentina

Enquanto no Brasil, gente letrada, informada e mesmo alguns infelizes leitores ocasionais deste do blog que se dizem da "area da saúde" (medo e vergonha alheia dessa gente que não se identifica de forma clara quando se comunica) ainda são mal-informados a ponto de atribuir AIDS e outras enfermidades a escolha sexual ou ao comportamento coletivo de um etnia, nossos vizinhos argentinos deram hoje um exemplo de civilidade e respeito ao ser humano, ao legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

POr aqui, os homossexuais ainda são assassinados sem muita punição, como se fosse um missão divina exterminar quem busca um cainho próprio para sua sexualidade. Cada vez que surge uma igreja oferecendo "cura" para homossexuais, meu nojo cresce. Será quem em 2010 ainda temos que aceitar que nossos filhos convivam com gente preconceituosa? Gente capaz de aceitar a morte de alguém apenas pelo fato dessa pessoa ter uma opnião ou opção sexual diferente?

Não. Não aceito.

Casais gays podem ser pais fantásticos: amorosos, respeitosos, gentis e humanos. Pais gays podem fazer muito mais por uma criança do que país biológicos que jogam filhos no lixo, literalmente. Não existe em nenhum país, com exceção da China, onde os relatos diários de crianças recém-nascidas encontradas em latas de lixo estejam no jornais e telejornais.

Facilitem a adoção por casais gays. Lutemos por isso.

Tomara quem breve sejamos capazes de decisões legais tão maduras e civilizadas como os argentinos.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

E um peitinho de 16 anos revela outra faceta da hipocrisia brasileira


vê o fantasminha da censura passear pelos corredores mais conservadores da Nação. Querem proibir a atriz Malu Rodrigues, 16 anos e emancipada pelos pais, de mostrar o peitinho direito (só o direito) na peça Despertar da Primavera, em cartaz no Teatro Frei Caneca, em São Paulo.

No Rio, foi a mesma palhaçada.

Onde estava o Ministério Público na hora de proibir meninas de 7 anos de dançarem funk, Tchan e afins? Onde estava o Ministério Público na hora de punir a prostituição infantil na Rocinha e no Complexo do Alemão (ainda ativa, HOJE, 9 de julho de 2010 ?

E em São Paulo, onde está o Ministério Público que não vê pedintes de 16 anos seminuas trocando o corpo por crack na região da Rua Santa Ifigênia.

Um bando de hipócritas. Vão proibir o gozo e a siririca diária saudável de todas as meninas de 16 anos também? Coisa de quem não enxerga a vida dentro de suas próprias casas, e não acompanha a maturidade sexual de suas próprias filhas.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

águas passadas

com as meninas crescendo rapidamente, cada vez mais espertas e curiosas, fica difícil não pensar em como protegê-las nos dias em que vivemos. Lembro que quando moleque eu estudava a mais de 30km de cas, andava de trem e ônibus pelos subúrbios cariocas (só fui morar na zona sul aos 14 anos de idade) e não existia o temor de ser violentado. Os meus maiores medo eram a mulher loira do banheiro e o bandido Mão Branca.

Não existia coleguinha armado na sala de aula e nada de funk sexista na voz das meninas. Talvez eu esteja ficando saudosista. Mas eu gostaria muito que as minha meninas pudessem viver a infância delas sem pressa e sem medo, como eu vivi.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dos relacionamentos abertos e suas consequências para os filhos: quando as coisas não dão certo

Essas últimas semanas tiveram o noticiário recheado de matérias sobre casais expondo seus filhos publicamente devido a problemas em suas condutas erótico-afetivas.

Uma preocupação comum em quem não adota o modelo monogâmico em seus casamentos é que as outras partes envolvidas tenham a mesma preocupação em manter o sigilo e o cuidado que as relações atípicas requerem.

Os homens, de forma geral, acabam comentado com alguém suas aventuras e suas conquistas. Algumas mulheres não agem de forma diferente ou com menor cuidado. O resultado do descuido pode ser uma exposição indesejável e pública de suas práticas íntimas.

Eu procuro deixar claro que não sou monogâmico. Não faço alarde nem apologia comportamental, mas tenho pouca paciência para lidar com hipocrisia. A parte chata é que nem sempre a outra parte envolvida tem liberdade ou transparência em suas relações. Isso acarreta em muitos desencontros quanto as intenções.

Vivenciamos um envolvimento intenso com uma mulher casada e popular no meio blogueiro. COm o agravante de estabelecermos uma relação de amizade entre as famílias. Evidentemente, havia intensidade erótica e estimulante baseada na premissa de que o cônjuge dela não sabia de nosso envolvimento. Contribuindo para o desastre, o bom e velho vacilo de manter registros de conversas digitais apimentadas, para lembrar depois (um erro básico).

Sim, nós homens e muitas mulheres apreciam esse jogo dúbio, de recriminar, mas brincar com o mito da traição. O problema surgiu quando eu passei a ser o responsável pela manutenção do segredo, uma vez que que sua prole poderia ser prejudicada caso o marido descobrisse.

Não seria totalmente descabido se eu fosse o único amante (como eu, ingenuamente, acreditava).

Não. Eram vários os amantes, mas apenas eu tinha o compromisso de manter o sigilo.

Não tenho problemas em deixar claro em minha estrutura familiar que namoramos outras pessoas, Mas com a história vivida, aprendi que, na medida do possível, é preciso averiguar se a outra parte tem as mesmas premissas de vida, de transparência em suas relações.

Longe de mim querer expor os filhos alheios ao escárnio público dos falsos moralistas. Mas não acredito ser justo engolir minhas verdades para ser guardião da mentira alheia.

Minha dica é: se quiserem brincar de viver sua sexualidade de forma livre, certifiquem-se de que os prováveis parceiros -principalmente se tiverem filhos-, estejam em sintonia quanto a forma de abordar a questão caso a relação seja revelada ou descoberta pelos filhos, parentes e amigos.


Manual de sobrevivência ao escândalo:

1) se descoberto, não negue. Tome as rédeas e afirme sua identidade no discurso.

2) se seus filhos tiverem idade para compreender, converse. Elabore o que vai dizer e assegure seu direito de viver sua sexualidade como quiser.

3) parentes tendem a julgar mais do que estranhos. Imponha limites claros a invasão. Para evitar a fofoca generalizada, proponha uma conversa aberta, sem acusações ou suposições. A vida e práticas sexuais do casal dizem respeito apenas ao casal.

4) se algo saiu da esfera pessoal e tornou-se público, mantenha a calma e não tente atitudes desesperadas de "limpar seu nome". A propagação é inevitável e diretamente proporcional às tentativas de apagar seus rastros. Assuma.

5) não produza provas contra você. antes e depois do problema. Acredite: nenhum vídeo, foto, texto, conversa em celular ou telefone fixo, torpedo e afins é seguro. Nenhum. Se você fez um vídeo de teor erótico e seus filhos já usam a internet é questão de tempo até terem contato com sua imagem "escondida". O mesmo vale para casais que utilizam sites de relacionamento para adultos ou frequentam ambientes liberais,como casa de swing e festas privadas. Alguém, sempre, vai registrar sua imagem e não adianta culpar os outros pela violação da sua privacidade.

6) um erro grave é achar que nossos filhos não tem interesse em assuntos sexuais ou práticas extremas. Se eles descobrirem de forma a sentirem-se traídos (o ciúme e repulsa em relação as sexualidade dos pais já existe mesmo que seja uma relação de monogamia tradicional), estabeleça o emprego de todos os recursos para recuperar a confiança deles. Isso inclui a ajuda de profissionais ligados a comportamento, como psicólogos e terapeutas familiares. Abandoná-los a própria sorte não trará benefício algum a nenhuma das partes envolvidas.

7) Nunca prometa que não repetirá suas práticas, sob pena de comprometer ainda mais a relação de confiança. Seja verdadeiro: se faz parte de sua existência um comportamento sexual diferente e particular, assuma. Não é preciso descer aos detalhes, mas mostre-se pleno no direito de viver sua vida de acordo com suas crenças.

8) Procure auxílio jurídico/legal se estiver sendo pressionado ou chantageado. Nunca negocie uma extorsão.

9) caso a ocorrência chegue ao ambiente profissional, não espere as diversas versões tomarem corpo. procure seu chefe direto e o departamento de recursos humanos da empresa para unificar a versão e seu posicionamento quanto ao ocorrido. Se você não feriu a lei ou as normas da empresa, aqueles que o colocarem em situação vexatória é que poderão sofrer algum tipo de advertência.

10) viva e deixe viver. Todos nós temos telhado de vidro. Evite atirar a primeira pedra, para que ela não se transforme em um bumerangue.

sábado, 12 de junho de 2010

de volta ao básico.

toda mulher tem o direito de viver. isso significa que nenhum homem pode matá-las por sentir-se perseguido. nenhum homem pode sair no tapa com outro na sala de parto (médicos? não, assassinos) para ter o direito ao repasse do SUS para fazer partos. nenhum homem pode deixar uma maca de hospital quebrada levar a vida de seu recém-nascido jogado de cabeça no chão frio da maternidade.

cesariana com a frequência que se faz no Brasil é doença. ter filho virou coisa de grife. e, infelizmente, as mulheres mais simples acabam copiando modelos de comportamento classe média.

no Rio de Janeiro é ainda pior. Falar em parto normal por aqui é absurdo. falar em parto domiciliar, te poe como alvo.

então, sou eu o louco por não querer que meu filho corra risco de infecção hospitalar ao nascer? sou eu o louco por não querer expor meu filho numa vitrine aquecida como se fosse um bife?

defendo as escolhas, lógico. mas também defendo a educação. o direito da mulher saber que cesearea é opcional em 95∞ dos casos. o direito de uma mãe humilde saber que não precisa gastar os tubos para medicalizar algo que é natural.

não queremos fingir que somos primeiro mundo? então, tá ai uma boa maneira de começarmos, banindo a cesárea desnecessária desse paizinho de merda, como já fizeram na Europa e nos EUA.