quarta-feira, 2 de março de 2011

Um pedido humilde e ingênuo no país de pais assassinos.

Como Pai de Menina, de criança, eu tenho o sonho ingênuo de ver minhas filhas crescerem ser ter que construir a dureza de um soldado ou a astúcia de um agente policial apenas para poderem existirem, vivenciando suas infâncias como eu pude.


Se existisse alguma entidade para a qual eu pudesse apelar, terrena ou não, eu teria pedidos.

Pediria que de hoje até o fim dos dias que nenhuma criança fosse assassinada, seja em guerras, seja por terrorismo, seja no trânsito (sem contar os motoristas bêbados, todo dia vejo filhos da classe média no colo de um adulto, no banco da frente. Ou sem cadeirinha adequada no banco de trás), seja por vingança, como essa menina de 6 anos, no Rio de Janeiro.


Pediria que nenhuma criança fosse jogada em valões e latas de lixo ao nascerem.

Pediria que ao invés de bolsas-familia e outros tapa-buracos com objetivo eleitoral, que investíssemos em educação para tirar a maior parte de nossa população da Idade Média.

Tente explicar a quantidade de crianças achadas no lixo diariamente (apenas os casos publicados em jornais) no Brasil a um amigo que more em um lugar civilizado. Vai ser chamado de mentiroso sensacionalista.

Em uma semana o Rio de Janeiro viu três assassinatos de crianças. Todas poderiam estar vivas. Não existe justificativa para essas mortes e os responsáveis, pais e mães, devem ser responsabilizados. Todas as mortes envolveram familiares.

Enquanto isso a presidenta vai fazer omelete na TV.

Sintomático.

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