Lamento muito pelas famílias que insistem em argumentar que seus parentes adolescentes não poderiam cometer crimes hediondos por serem "bonzinhos" ou "quietinhos". Pior ainda: atribuir "às forças do mal". Bando de patetas.
Ao mesmo tempo que rogam inocência, não querem mergulhar no universo obscuro que pode girar em torno de uma criança. Seus segredos. Seus medos. Seus conflitos. E como essa mistura pode dar em um caldo complicado quando aliada a falta de discernimento relativo aos conteúdos e a natural influência externa.
Isso, claro, quando a própria família não é O problema.
A responsabilidade pelos contextualização dos conteúdos aos quais nossos filhos tem alcance é EXCLUSIVAMENTE NOSSA. Não é a escola. Não é o pai do amiguinho ou amiguinha. Somos nós que temos a obrigação de perguntar, sempre, o que a criança viu, o que aconteceu, com o que ela teve contato.
E as formas de fazer essa investigação não podem ser a de uma investigação policia. O medo e o receio no rosto dos pais é uma máquina de estabelecer bloqueios. E quando crimes assim acontecem, sufocamos ainda mais as crianças, fechando ainda mais o canal de diálogo.
Não é o conteúdo "violento" que cria os "monstrinhos". E a falta de interesse dos pais em criar condições para o diálogo sobre tais conteúdos, sejam eles livros, filmes, games, sites, apps.
Minhas filhas serão assassinas por terem lido os livros e assistido ao filme "The Hunger Games"? Não sei. Mas tenho um papel fundamental em fazer as separações entre realidade e fantasia literária/cinematográfica.
De acordo com cada faixa etária e capacidade intelectual, psicológica, estudar, consultar especialistas e entender como construir um ambiente de confiança mútua e respeito para que elas possam expor dúvidas e receber proteção. E, quanto ao aprendizado, é um caminho de mão dupla.
Minhas filhas se tornarão viciadas em sexo ou candidatas a vítimas de abuso sexual ao se depararem acidentalmente (ou em buscas movidas pela curiosidade) com pornografia na Internet? Não sei, mas tenho um papel vital em mediar esses contatos com seus períodos de vida e maturidade emocional.
No caso do ambiente digital, quem não monitora o que seus filhos andam lendo ou conversando cedo ou tarde vai enfrentar problemas. Não existe ambiente seguro e isolado de predadores. E predadores nem sempre são as pessoas distantes, que existem apenas nas páginas de jornais. Podem ter idade semelhante. Podem ser vítimas reproduzindo comportamentos.
Em nossa época tínhamos pornografia, predadores sexuais e toda sorte de ameaças. Mas o volume e a facilidade ao acesso sem controle era infinitamente menor. A chance de uma criança de sete anos topar com um conteúdo de bestialismo, morte ou sexo com crianças era muito, muito remota. Videos e revistas sobre tais temas eram quase inexistentes e de difícil alcance. E difíceis de esconder.
Hoje, não. Ao alcance de um clique. Ou pesquisa por comando de voz. E qualquer criança sabe apagar um histórico de navegador.
As ferramentas de controle que temos a OBRIGAÇÃO de habilitar nos dão um mapa completo de suas navegações ou conversas. Muito além do histórico. Registro de IPs e horários. Registro de diálogos. Não é invasão de privacidade. Enquanto viver em minha casa, sob minha responsabilidade e for menor de idade, vai ter que seguir regras. Simples assim. E regras precisam ser transparentes.
Como sugestão, façam um teste agora.
Nada mais inocente do que o Youtube, certo? Quem ai não tem filhos que passam boa parte do dia vendo Carrossel, Violeta ou outras porcarias dessas, seja no computador, tablets ou smart tvs?
Então digitem uma palavra comum no cotidiano de qualquer família, como "esposa", por exemplo".
Contem-me do resultado.
E ai, entenderam? Caiu a ficha? Pois é.
E, depois, me digam se não devem usar o filtro de conteúdo presente no You Tube, Google, DuckDuckGo e até mesmo nos sistemas operacionais e roteadores, bloqueando palavras específicas e IPs de determinados sites que, como adultos, conhecemos bem.
Se você tem wifi em casa, é possível ter o acesso dos adultos livre e limitar o dos dispositivos das crianças (celular/ smartphone, iPod, câmeras digitais com acesso wifi, tablets e afins).
Vai emprestar o tablet? Bloqueie conteúdo. Dá trabalho? Muito menos do que lidar com filhos menores nas páginas policiais.
Ao mesmo tempo que rogam inocência, não querem mergulhar no universo obscuro que pode girar em torno de uma criança. Seus segredos. Seus medos. Seus conflitos. E como essa mistura pode dar em um caldo complicado quando aliada a falta de discernimento relativo aos conteúdos e a natural influência externa.
Isso, claro, quando a própria família não é O problema.
A responsabilidade pelos contextualização dos conteúdos aos quais nossos filhos tem alcance é EXCLUSIVAMENTE NOSSA. Não é a escola. Não é o pai do amiguinho ou amiguinha. Somos nós que temos a obrigação de perguntar, sempre, o que a criança viu, o que aconteceu, com o que ela teve contato.
E as formas de fazer essa investigação não podem ser a de uma investigação policia. O medo e o receio no rosto dos pais é uma máquina de estabelecer bloqueios. E quando crimes assim acontecem, sufocamos ainda mais as crianças, fechando ainda mais o canal de diálogo.
Não é o conteúdo "violento" que cria os "monstrinhos". E a falta de interesse dos pais em criar condições para o diálogo sobre tais conteúdos, sejam eles livros, filmes, games, sites, apps.
Minhas filhas serão assassinas por terem lido os livros e assistido ao filme "The Hunger Games"? Não sei. Mas tenho um papel fundamental em fazer as separações entre realidade e fantasia literária/cinematográfica.
De acordo com cada faixa etária e capacidade intelectual, psicológica, estudar, consultar especialistas e entender como construir um ambiente de confiança mútua e respeito para que elas possam expor dúvidas e receber proteção. E, quanto ao aprendizado, é um caminho de mão dupla.
Minhas filhas se tornarão viciadas em sexo ou candidatas a vítimas de abuso sexual ao se depararem acidentalmente (ou em buscas movidas pela curiosidade) com pornografia na Internet? Não sei, mas tenho um papel vital em mediar esses contatos com seus períodos de vida e maturidade emocional.
No caso do ambiente digital, quem não monitora o que seus filhos andam lendo ou conversando cedo ou tarde vai enfrentar problemas. Não existe ambiente seguro e isolado de predadores. E predadores nem sempre são as pessoas distantes, que existem apenas nas páginas de jornais. Podem ter idade semelhante. Podem ser vítimas reproduzindo comportamentos.
Em nossa época tínhamos pornografia, predadores sexuais e toda sorte de ameaças. Mas o volume e a facilidade ao acesso sem controle era infinitamente menor. A chance de uma criança de sete anos topar com um conteúdo de bestialismo, morte ou sexo com crianças era muito, muito remota. Videos e revistas sobre tais temas eram quase inexistentes e de difícil alcance. E difíceis de esconder.
Hoje, não. Ao alcance de um clique. Ou pesquisa por comando de voz. E qualquer criança sabe apagar um histórico de navegador.
As ferramentas de controle que temos a OBRIGAÇÃO de habilitar nos dão um mapa completo de suas navegações ou conversas. Muito além do histórico. Registro de IPs e horários. Registro de diálogos. Não é invasão de privacidade. Enquanto viver em minha casa, sob minha responsabilidade e for menor de idade, vai ter que seguir regras. Simples assim. E regras precisam ser transparentes.
Como sugestão, façam um teste agora.
Nada mais inocente do que o Youtube, certo? Quem ai não tem filhos que passam boa parte do dia vendo Carrossel, Violeta ou outras porcarias dessas, seja no computador, tablets ou smart tvs?
Então digitem uma palavra comum no cotidiano de qualquer família, como "esposa", por exemplo".
Contem-me do resultado.
E ai, entenderam? Caiu a ficha? Pois é.
E, depois, me digam se não devem usar o filtro de conteúdo presente no You Tube, Google, DuckDuckGo e até mesmo nos sistemas operacionais e roteadores, bloqueando palavras específicas e IPs de determinados sites que, como adultos, conhecemos bem.
Se você tem wifi em casa, é possível ter o acesso dos adultos livre e limitar o dos dispositivos das crianças (celular/ smartphone, iPod, câmeras digitais com acesso wifi, tablets e afins).
Vai emprestar o tablet? Bloqueie conteúdo. Dá trabalho? Muito menos do que lidar com filhos menores nas páginas policiais.
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