quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Da ansiedade do pai provedor

Já faz mais de dois anos que não sou o pai provedor. Sai do mercado e achei que seria fácil voltar, mas a meninada sabe tanto quanto eu e aceita ganhar menos. O resultado é que minha mulher assumiu as rédeas das contas. E por mais que tenhamos mudado nesses últimos 100 anos, nós, homens, ainda sofremos ao não conseguirmos atender ao desejo de um filho, pagar as contas em dia e comprar comida. Eu choro, muito. Sozinho. Envergonhado. Mas não paro de lutar. Já escondi de minhas filhas a minha condição atual de gênio midiático sem trabalho fixo. Um projeto atrás do outro, mas que trazem pouca grana, apesar da satisfação pessoal.

De um tempo para cá decidi não esconder mais. Acho que é preciso ter os pes no chão se queremos construir uma família baseada na verdade e na justiça. Minhas filhas merecem uma pai que não se esconde atrás de subterfúgios. Que sabe que está em falta com elas, mas não desiste nunca.

Minha hora de voltar ao topo está chegando. E quando acontecer, vou dividir com elas e com todos aqueles que me deram força durante o trajeto. E en†ano, poderemos rir juntos dos tempos difíceis.

2 comentários:

  1. po, a vida nao ta dificil pra vc nao. mulher bancando as contas, liberdade de comer outras mulheres e a patroa deixa, quer dizer.

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  2. Olá... Meu nome é Malu, tenho 21 anos, faço faculdade, moro com meus pais. Sempre passei a maior parte do meu tempo livre em casa, por perto deles. Mas agora que estou namorando, o tempo livre que tenho, fico com meu namorado. Hoje, cheguei em casa meia noite e meia, meu pai já estava dormindo e eu fiquei com crise de consciência por não ter jantado em casa, não ter passado mais tempo com ele. Apesar disso, não sei o q posso fazer para me aproximar dele... Nunca tivemos atividades em comum, exceto coisas de casa, como refeições e assistir tv. Vc teria alguma dica sobre como melhorar meu relacionamento com meus pais?

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