quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Brasil: o País do Feminicídio/Infanticídio.

E a epidemia de feminícidio no Brasil continua crescendo.

Se um (a) sujeito (a) concebe um ato dessa natureza não é apenas por desejo individual ou prazer, é por acreditar que é possível fazer e viver normalmente depois.

Não é.

Não é a falta de oportunidades sócio-educacionais que leva a esse tipo de crime, pois acontecem DIARIAMENTE em todas as classes sociais.

Obviamente do caso Ana Lídia até hoje, a visibilidade para esses crimes aumentou. Mas ainda se trata do assunto tapando o sol com a peneira.

E, se a mulher ou menina não morre, sempre será vítima duas vezes, pois recebe ainda a presunção de culpa por estimular a lascividade alheia. "Olha como ela se comporta", "Também, com aquela roupa...", "Ah, ela queria que ele parasse no meio, já tinha liberado...", "Olha lá, parece uma miniputa, igual a mãe".

E por aí vai.

Ninguém deve morrer por ser mulher, independentemente de seu comportamento sexual ou aparência física.

Ninguém deve morrer por ser criança e não ter como defender-se do próprio pai, mãe, parente, amigo, vizinho.

Mas uma criança nem sempre tem a oportunidade sequer de falar algo, de gritar, de implorar antes de ser seviciada.

Como comprender o terror de tal ato? O que ela fez para merecer ser tratada daquela forma? Não disseram que era amada e tinha o direito de existir?

Em muitos casos, pouco ou nada sabemos da vida pregressa daqueles que colocamos em contato direto e íntimo com nossos filhos. Acreditamos que o suposto amor ou afeição (quando nossas carências obliteram nossa razão e condenam nossos filhos e entes queridos à morte) que alguém possa sentir por nós mesmos possa ser transferido automaticamente para nossa prole. Erra quem pensa assim.

Também erra quem pensa que homens ou mulheres idosos ("Mas ela tem netinhos. É de confiança") e qualquer outra pessoa que achamos fragilizada, não mereçam ser investigados antes de receberem a responsabilidade de estar com nossos filhos.

Sim, na maioria dos casos, nós podemos evitar. Nós podemos prevenir. Nós temos a obrigação de não achar que, conosco, no nosso saudável, educado e protegido círculo pessoal, não vai acontecer.

Segundo pesquisa do Programa de Psiquiatria e Psicologia Forense do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), em 88% dos casos de abuso, estupro, violação e tortura de criancas e mulheres, os agressores fazem parte do círculo de relacionamento pessoal da família.

63% das vítimas são meninas com menos de 10 anos de idade. Crianças.

38% das agressões sexuais contra meninas são cometidas pelos pais naturais.

Naturalmente, sábios como somos, preferimos ignorar essa estatística. Não é conveniente à uma boa vida social ou familiar. Imagina, suspeitar de fulano (a)...

Das altas esferas do poder Federal à sarjeta, existem milhares de brasileiros que acham natural violentar, torturar e matar mulheres de todas as idades.

Parentesco e paternidade não são motivos de impedimento. Leiam sobre o caso Ana Lídia, citado acima, e perceberão.

Como não estou a procura de simpatia online, deixo claro não existe recuperação para pessoas assim. São lixo não reciclável. Todos. Sem exceção.

Me apresentem um (a) predador sexual recuperado (a) e te mostro um grande mentiroso e manipulador.

Não quero meus impostos utilizados para alimentar, vestir e manter vivos esses seres depois de suas atrocidades.

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