terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

UPDATE: Meu carro, meu mundo e foda-se você, pedestre!

O que dizer de alguém que entra na contramão
, com uma menina de menos de quatro anos no banco da frente do carro, sem cadeirinha ou sequer cinto de segurança e ainda se acha no direito de reclamar? Precisa ser um puta imbecil para alegar que não tinha visto que a rua era contramão. E o Rio está cheio de motoristas assim. Esse é o retrato fiel de muitas mães e pais cariocas, que, a despeito das leis de trânsito e das normas para transportes de crianças, ainda se acham no direito de sacanear os pedestres em prol do seu conforto e conveniência para chegar em casa. Essa é a cara da classe média brasileira: foda-se ligado.

4 comentários:

  1. O que dizer de homem de grande porte aparentemente educado e normal.Que surra o carro da condutora e a chama de puta no meio da rua,sem que a mesma tenha causado nenhum tipo de prejuízo ou dando moral .Isso tudo acompanhado de sua filha menor mostrando à ela que qualquer que seja o erro resolvemos com gritos e socos desrespeitando os outros.

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  2. O prejuízo foi evitado por eu ter percebido sua imprudência injustificável em tempo hábil.

    Uma vez que a sinalização da via é clara e inequívoca, não existe justificativa para que eu tenha que preocupar-me com pessoas irresponsáveis ao volante trafegando no sentido errado da via.

    Da mesma forma que não me sai da cabeça a frase ("se você pode me chamar de puta eu nao posso te chamr de preto", felizmente gravada em vídeo) proferida por quem cometeu o ato ilícito, sob a justificativa de não ter visto a sinalização (são quatro placas reiterando que não se pode trafegar no sentido percorrido pelo automóvel Agile de quem perpetrou o ilícito).

    Não foram desferidos socos, até pela impossibilidade física: em uma mão eu levava lancheira e mochila de minha filha e com a outra, segurava a mão da própria criança.

    Reagi com o pé esquerdo, em surpresa ao absurdo (o mais próximo do veículo), em golpe único para alertar a conduta perigosamente irresponsável do condutor do veículo (que pesa 1200kg contra os meus 100kg - e com o carro em movimento em sentido proibido, leva a uma relação ainda mais desigual) como qualquer cidadão que tem sua integridade física e de sua filha ameaçadas por um condutor irresponsável.

    Eu estava a pé. O agente do ilícito, motorizado, no sentido errado de uma via amplamente sinalizada, transportando uma criança no banco da frente sem dispositivos de segurança adequados, e que, não satisfeita, ainda parou o trânsito das ruas Crispim Laranjeiras e Coronel João Olinthto, em seguida subindo e obstruindo a calçada por onde eu trafagava com o carro e prejudicando a coletividade para prosseguir em sua agressão.

    Em 2012 não sou mais afeito a flames e discussões online dessa natureza. Creio que condutores de veículos automotores precisam ser conscientes das leis que regem tal atividade. Não é opcional optar por trafegar na contramão, tampouco expor crianças ao risco de morte. É irresponsabilidade, que merece punição, na forma da lei.

    É muito fácil vermos um noticiário e nos perguntarmos depois como pode acontecer um infortúnio. Diariamente assistimos a relatos de motoristas dizendo que "foi sem querer". Matam e ficam impunes. Trafegar na contramão é assumir, de forma clara, o risco de matar. Não existe desculpa para tal ato.

    Em tempo:

    Dirigir na contramão em via de mão única.
    - Multa de R$ 191,54.

    Transportar criança com menos de 10 anos no banco da frente.

    - Multa de R$ 191,54 e retenção do veículo.

    Não vou entrar na seara da lesão corporal ou homícidio culposo, pois, felizmente, tive como evitar tal infortúnio em tempo hábil.

    Assim funciona o país de uma geração acustumada a inverter valores.

    Passar bem.

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  3. O mundo está às avessas. Eu poderia escrever zilhões de coisas sobre este e outros temas a respeito de falta de respeito nos dias de hoje mas, prefiro só acreditar em fazer o melhor, para quem sabe assim, nossas filhas sigam pelo mesmo caminho...e consigam de alguma forma, mudar alguma coisa. Mas que dá medo, dá.

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  4. R,K, concordo com você. O pior: continua acontecendo e as pessoas acreditam que estão certas em sua ignorância. Fazer o que? Lutar.

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