Tenho insistido em relatar os casos de estupro e feminicídio para que se entenda a diferença dessas ocorrências em relação à violência cotidiana na Brasil. Matar, torturar, agredir e humilhar mulheres, tolhendo a sua existência plena sob um duvidoso prisma moral e comportamental virou uma prática sistemática no século 21.
Mas ainda é tempo de mudar.
Oferecer mecanismos que não tornem a mulher agredida vítima duas vezes (no ato da agressão e na busca por justiça, quando não raramente são consideradas culpadas pelo ato hediondo) é um caminho fundamental para começarmos a virar o jogo.
Que nossas meninas cresçam sabendo que podem viver de forma livre sem terem que receber "punição" por seu gênero.
O jornal O Globo de 20/12/2013 publicou números alarmantes sobre estupro no Brasil. Com foco no aumento de denúncias
Felizmente nossos números ainda estão longe dos EUA e Suécia, onde o estupro é uma epidemia, mas existem salvaguardas para que precisa denunciar esse crime. Não podemos relaxar. Deixar cair no esquecimento.
Até pelo fato do perigo não estar apenas lá fora, na rua, nos casos extremos. A maioria dos agressores está dentro de casa. Membros da família. E que contam com o acobertamento de outras mulheres no mesmo grupo familiar.
Temos uma pequena India dentro de nossas casas, com um código de (falta) ética e humanidade bem diferente na vida privada do que aquele que é assumido na esfera pública.
E em qualquer classe social. Com agressores e mulheres não-solidárias com as vítimas (coniventes com os agressores, seja por concordarem com o ato ou por serem coagidas) que ostentam formação superior.
Não é apenas uma questão de educação. É uma ideologia.
Mas ainda é tempo de mudar.
Oferecer mecanismos que não tornem a mulher agredida vítima duas vezes (no ato da agressão e na busca por justiça, quando não raramente são consideradas culpadas pelo ato hediondo) é um caminho fundamental para começarmos a virar o jogo.
Que nossas meninas cresçam sabendo que podem viver de forma livre sem terem que receber "punição" por seu gênero.
O jornal O Globo de 20/12/2013 publicou números alarmantes sobre estupro no Brasil. Com foco no aumento de denúncias
Felizmente nossos números ainda estão longe dos EUA e Suécia, onde o estupro é uma epidemia, mas existem salvaguardas para que precisa denunciar esse crime. Não podemos relaxar. Deixar cair no esquecimento.
Até pelo fato do perigo não estar apenas lá fora, na rua, nos casos extremos. A maioria dos agressores está dentro de casa. Membros da família. E que contam com o acobertamento de outras mulheres no mesmo grupo familiar.
Temos uma pequena India dentro de nossas casas, com um código de (falta) ética e humanidade bem diferente na vida privada do que aquele que é assumido na esfera pública.
E em qualquer classe social. Com agressores e mulheres não-solidárias com as vítimas (coniventes com os agressores, seja por concordarem com o ato ou por serem coagidas) que ostentam formação superior.
Não é apenas uma questão de educação. É uma ideologia.
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