quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Menina de 12 anos estuprada em ônibus na zona sul do Rio: o feminicídio continua

Falei ontem sobre castração química. Hoje, sou favorável à morte. Sujeitos assim são irrecuperáveis. Tenho uma filha dessa idade. Me solidarizo com a dor da menina e dos pais.  O que dizer para essa menjna? Que vai ficar rudo bem? Que isso acontece? Cade os direitos humanos dessa menina? Cade, Sergio Cabral, Governador do Estado do Rio de Janeiro? O merda que fez isso não fez por motivos econômicos. Fez por crueldade. Precisa morrer por isso. Repito: epidemia de violência contra mulheres e meninas. Meio dia. Rio de Janeirro, zona sul. Não é um grotão ou recanto sem lei. É a cidade olímpica. Rio 2016. Quando falo, sou chamado de paranóico. Ai está.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quando a ficha do povo não cai

Audi preto, com dois homens e uma loira. Moto com dois homens. Me procurando. Cercando o meu prédio nas últimas três noites. Registro pelas câmeras de segurança, placas anotadas e identificadas. Providências legais tomadas. Segurança pessoal reforçada. Olhos abertos. Quem ferir os meus, paga. Na hora.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Crianças não precisam ser bombardeadas por publicidade ao assistir TV

Como deixar as crianças assistirem TV sem serem bombardeadas por publicidade criminosa? Simples: habilitem o NOW, da NET. Boa programação infanto juvenil gratuita, sem comerciais e tem pause para a hora do banho ou arrumar o quarto. E se decidir pagar por algum conteúdo naqueles dias chuvosos ou de locadora lotada, vão poder curtir juntos filmes em HD, com muitos extras só encontrados em Blu-ray. Sou crítico dos rumos da TV por assinatura, mas o NOW funciona e é conveniente. Chega de comerciais de brinquedos!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Alivio 1: ensino fundamental não mata

Criança saiu da escola agora à tarde feliz com a primeira aula de espanhol. Apesar de achar exagerado duas línguas estrangeiras no primeiro ano (Dora já chegou alfabetizada na classe), não posso frear um interesse genuíno, ainda mais pelo personagem homonimo Dora Aventureira ser de origem latina. Ontem li um livro para ela em inglês e ia traduzindo as frases, como ela gosta. Alguns personagens também falavam em espanhol, o que reduziu o estranhamento com o belo idioma. Estou vendo que quem vai precisar estudar mais sou eu.

De volta ao que interessa: primeiro ano do ensino fundamental

Escola nova sempre causa estranheza, tanto para nossas crianças quanto para os pais. Fizemos uma escolha para a mais nova que aparentemente pode não ter sido a mais correta. Assim, a observação fica mais intensa. Fica o receio de super valorizarmos as reações da pequena, seja com os novos colegas, seja com as "exigências" do primeiro ano do ensino fundamental. Uma coisa que incomodou foi a repentina mudança de professora. Tivemos uma reunião com todas as mães e pais e aquela que seria a educadora a lidar com nossos pequenos ao longo de 2012. Qual não foi a surpresa de encontrarmos uma outra profissional no primeiro dia de aula. Escrevi para a escola, pressionando por uma posição e ainda aguardo a resposta. E acredito que a participação dos pais seja fundamental, presentes na escola (na medida do possível, obviamente) e nos rumos propostos. O aprendizado recente pelo qual passei demonstra que não podemos deixar nas mãos da escola a condução desse proceso. Depois de uma frustrada experiência piagetiana, veremos como serão esses meses em um esquema mais tradicional. Afinal, o primeiro ano do ensino fundamental é vital para estabelecer uma relação simbiótica entre a criança e a formação do hábito de estudar, não por obrigação, mas pelo prazer de estabelecer contato com novos conhecimentos. Vamos em frente.

E ainda acha aceitável...

Para que não seja apagado o comentário de quem erra e não assume.

UPDATE: Meu carro, meu mundo e foda-se você, pedestre!

O que dizer de alguém que entra na contramão
, com uma menina de menos de quatro anos no banco da frente do carro, sem cadeirinha ou sequer cinto de segurança e ainda se acha no direito de reclamar? Precisa ser um puta imbecil para alegar que não tinha visto que a rua era contramão. E o Rio está cheio de motoristas assim. Esse é o retrato fiel de muitas mães e pais cariocas, que, a despeito das leis de trânsito e das normas para transportes de crianças, ainda se acham no direito de sacanear os pedestres em prol do seu conforto e conveniência para chegar em casa. Essa é a cara da classe média brasileira: foda-se ligado.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Parto domiciliar NÃO MATA! Ignorância e jornalismo irresponsável, sim.

Entendam: quem faz o parto é a mulher. Não é o médico. O bombeiro. A parteira. O taxista. O Herói masculino. Todos ajudam. Mas quem faz o parto é a mulher. Assim, fica mais fácil entender a grande besteira publicada no Globo.com no dia 01/02/2012. Caroline Lovell
, defensora do parto humanizado, morreu ao dar a luz. Ela vive na Austrália, país com ótimos índices sociais, mas ainda tão capenga quanto o Brasil e o Chile (tristes recordistas mundias de cesarianas eletivas) na questão do parto, com um índice de 21% de cesarianas eletivas no sistema público de saúde. O indice aceitável, de acordo com a Organização Mundial de Saúde é de 15%. No Brasil, o número de cesáreas no SUS está em 40%. Na medicina privada, 90%. Os planos de saúde praticamente obrigam os casais a concluírem a gestação em um hospital. Quando sabemos que no Brasil 80% das mortes de mães e bebês no pós-parto são provocadas por infecção hospitalar pós cesariana, o alarme precisa ser ligado. Assim, o Daily Mail, um jornal conhecido por apoiar causas corporativas em detrimento da isenção editorial, publicou uma matéria sensacionalista, que foi replicada pela Globo.com, com sempre sem a devida contextualização.
Ora, a maioria dos leitores de manchete de portal mal conhece a idoneidade das fontes e não tem tempo ou interesse em aprofundar-se. Se foi publicado, muita gente vê como verdade absoluta. Assim, quando o "jornalista" não dá o "outro lado", fundamental para que se forme opinião consciente e isenta, a moça australiana que morreu fica parecendo uma radical inconsequente. Não pode existir erro maior. O número de mulheres e bebês, oriundos de TODAS AS CLASSES SOCIAIS, que morrem devido a complicações de cesarianas eletivas é ABSURDAMENTE maior do que o número de mulheres e bebês que morrem em partos domiciliares. Um portal sério mostraria os indices de morte de mães durante o parto durante e após cesarianas comparando com os índices de mortalidade em partos humanizados. Chocaria aos mais sensíveis e inteligentes o açougue insalubre no qual as maternidades, mesmo as mais chiques, foram transformadas. A infecção hospitalar, com agentes patogêncios resistentes aos antibióticos mais fortes, é a maior causa de mortes de mães e bebês no parto e pós-parto de cesáreas. Em casa, não existem esses microorganismos que provocam as infecções hospitalares mais resistentes. Nos países onde saúde da mulher, cidadania e saúde pública são levados a sério, a opção pela cesariana inconveniente não é considerada como saudável. Quantos mais partos naturais e fora do ambiente hospitalar, mais desenvolvido socialmente é um país. Quanto a segurança do parto domiciliar, inclusive para mulheres que fizeram uma cesariana na primeira gestação, pode ser atestada por esse estudo canadense. Leiam com carinho, dediquem um tempo para adquirir informação de qualidade, principalmente se estiverem em processo de pensar em gestação e parto. No país onde a nova classe média copia as práticas sociais das classes mais abastadas é preciso ficar atento ao que os meios de comunicação publicam para, pelo menos, tentarmos equilibrar as informações erradas e tendenciosas com conteúdo de qualidade e referências que possam ser entendidas por uma parcela maior da população. Parto natural é bom e saudável. Jovens mães precisam de informação direta e desmistificada sobre como ter seus bebês sem drama, como enfrentar médicas e médicos que inventam posições esdrúxulas quem impediriam o parto normal. É preciso acabar com o terror médico colocado como pressão sobre a gestante. O mesmo vale para romper o mito criado pela industria farmaceútica de que algumas mulheres não produzem "leite bom" ou não podem amamentar. Mesmo que você tenha mamilo invertido, você vai poder amamentar, porra! Vai doer pra caralho, vai ser incomodo, mas deixar seu rebento livre de doenças e bem nutrido, de graça! Se vocês soubessem a quantidade de mulheres que faz a opção de cesariana eletivas para permanecerem "apertadinhas" ficariam chocados. Mais um mito: que o parto natural e a amamentação "estragam" a mulher. E isso em 2012. Temos muita coisa para melhorar em termos de educação social da mulher. A igualdade social passa pelo DIREITO de escolher a opção mais simples para o nascimento de um filho. Maridos e maridas, apoiem suas mulheres nessa escolha.