sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Para entender como as crianças pensam o conceito de "raça"

A pesquisadora americana Rob Bernstein dedicou boa parte de sua vida a estudar como inventamos o conceito de "criança" e o mercantilizamos ao longo dos últimos dois séculos.

Ela escreveu o livro Racial Innocence: Performing Childhood in Black And White.

Um artigo de Abril de 2010 sobre seus estudos pode ser lido aqui.

2 comentários:

  1. O Conceito de Raça nao existe!!

    Ensine a sua filha que esse papo de separaçao Racial nao existe,no BRASIL!

    A definiçao CORRETA e ETNIA!

    Ps:Cada um de seus filhos pode ter um etnia diferente a mesma coisa funciona para pessoas de pigmentaçao de pele mais clara!

    ResponderExcluir
  2. Está fazendo uma confusão epistemológica. No campo dos estudos genéticos o conceito de raça está sendo derrubado , quando nos referimos a humanos.

    Minhas filhas sabem que diferenças raciais não deveriam existir, até pelo fato da mãe ser branca, de origem européia. Convivem desde bebês com crianças de todas as etnias presentes no Brasil. Recebem o carinho, amor, respeito e atenção de seus familiares de pele branca. Amigos queridos, brancos, negros, indios e amarelos, formam nossa base social com diversidade etnica, sexual e religiosa.

    Etnias, obviamente, podem abarcar diferentes tonalidades de pele e fenótipos, mas mesmo entre brancos, no coração da Europa, existem discordâncias étnicas que levaram a um genocídio de 300 mil brancos na Bósnia, apenas 16 anos atrás. E entre negros em Ruanda (aproximadamente 1 milhão), na mesma época.

    Aqui no Brasil, 2011, Rio de Janeiro o problema é outro. É estético e cultural. Mesmo que esteja no topo da camada social, o negro enfrenta o preconceito ancestral de pessoas que aprendem em casa a colocar o negro em um patamar inferior. Pessoas que não aceitam alguém com pele negra vivendo a vida com dignidade.

    A tipificação do crime racial, ainda que equivocada do ponto de vista biológico, é aceita por utilizar um termo presente em nosso vocabulário cotidiano para diferenciar diferenças de fenótipo e algumas poucas diferentes genéticas. Do ponto de vista legal, não possui problemas. Do ponto de vista educacional, pode gerar confusão, facilmente explicada com uma boa conversa e informação de qualidade sobre sociologia e genética.

    Na prática, ninguém acaba como racismo por decreto. Ou limitando a maneira de expressar-se e vestir-se a um modelo cultural imposto e tido como "mais bonito". Esse pensamento é retrógrado e precisa ser combatido.

    Achar que as meninas precisam alisar o cabelo para existir é o mesmo que limitar sua capacidade de auto expressão e auto estima.

    Quero o futuro, não o passado. Por isso luto não por igualdade, mas por respeito e dignidade nas relações sociais entre humanos, como lutei toda minha vida. Trabalhei muito duro para levar desaforo para casa por ter que lidar com gente que nao aprecia a presença de negros.

    O que elas precisam saber é que não estão em campo inimigo e não serão vitimas de todas as pessoas de pele diferente da delas. Esse mundo também é delas.

    ResponderExcluir

Diga o que quiser. Sempre. Se possível, pense antes de escrever.